O Prefeito de Mari, Marcos Martins (camisa listada), durante reunião
com o Superintendente da CBTU, reivindicando a volta do trem de passageiros em
Mari e região
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Várias cidades do agreste e litoral estão encaminhando
projeto para a Companhia Brasileira de Trens Urbanos para implementar o serviço
de transporte ferroviário de passageiros na região. O prefeito de Mari, Marcos
Martins, e seu pai, vereador José Martins, reuniram-se com o Superintendente da
CBTU, reivindicando a volta deste serviço para o ramal que vai até Guarabira,
aproveitando a estrutura que já existe, necessitando de investimento para sua
recuperação. Outras cidades também desejam participar de um grande projeto
regional para implementar esses trens.
Com a entrada em serviço dos Veículos Leves Sobre Trilho
(VLT) em João Pessoa, muitos vagões e locomotivas ficarão ociosos, o que
favoreceria um possível projeto da volta dos trens de passageiro nos ramais
João Pessoa/Itabaiana e João Pessoa/Guarabira. “A gente tem os trilhos do trem
na porta e não usufrui”, disse Severina Araújo, moradora de Mari, sonhando com
a volta dos trens de passageiro, mais econômicos.
Os ramais abandonados foram locados a uma concessionária que
não utiliza a infraestrutura, a qual se encontra praticamente destruída. “Seria
necessário um aporte de recursos muito grande para que o material rodante pudesse
utilizar esses ramais abandonados, o que é quase impossível devido ao minguado
retorno financeiro que teríamos”, afirma um ferroviário aposentado que não quis
se identificar.
Por outro lado, especialistas e engenheiros debatem o que
fazer com os ramais que serão devolvidos ao patrimônio público pelas
concessionárias, após o prazo de concessão. Uma das possibilidades discutidas é
que as ferrovias devolvidas ao poder público sejam aproveitadas com o
transporte de passageiros. “Nós precisamos revitalizar o transporte de
passageiros no país, porque as estradas estão congestionadas, estão morrendo
por ano cerca de 50 mil pessoas, os prejuízos anuais com os acidentes somam R$
40 bilhões pelos cálculos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada [Ipea]”,
disse o economista Antônio Pastori, da Associação Fluminense de Preservação
Ferroviária (AFPF).
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