Juripiranga e Mogeiro gastam mais com obras e
serviços do que com combustíveis
As prefeituras de Juripiranga e Mogeiro são as únicas no vale
do Paraíba que apresentaram gastos com obras e serviços maiores do que com
combustíveis em 2013, segundo dados do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba.
Os demais municípios fazem parte do grupo de 78 prefeituras que investem mais
na compra de gasolina e óleo diesel do que em obras públicas, conforme
reportagem publicada ontem (26) no Correio da Paraíba, assinada pela repórter
Mislene Santos.
Em Juripiranga, os combustíveis consumiram R$ 237.493,20,
enquanto foram investidos R$ 1.250.792,88 em obras e serviços, sendo este o
maior investimento da região e um dos maiores nas cidades do mesmo porte. Em
Mogeiro, as obras ficaram por R$ 704.939,08, enquanto os postos de combustíveis
faturaram 546.851,71.
A cidade que menos investiu em obras e serviços na região foi
São José dos Ramos, com apenas R$ 11.243,46. Em contrapartida, a prefeitura
pagou R$ 469.525,50 para postos de combustíveis. Em Salgado de São Félix, o
prefeito Adaurio Almeida mandou faturar R$ 530.743,70 de combustível e empregou
apenas R$ 164.495,24 em obras para o município. Pilar quase equilibra os
investimentos, com R$ 320.723,89 investidos em obras e serviços e R$ 405.035,44
foram para os tanques de combustíveis da frota oficial.
Em Itabaiana, o prefeito Antonio Carlos Melo Jr. gastou com
combustível no ano passado a importância de R$ 792.944,91, enquanto em obras e
serviços contabilizou nos documentos de despesas enviados para o TCE o montante
de R$ 319.431,12.
Esses números, segundo especialistas, descartam a desculpa
dos prefeitos de que receita baixa é sinônimo de gestão ruim. "É muito comum os prefeitos
reclamarem do baixo volume de repasses do governo e usarem isso até como uma
desculpa, mas observamos que ter uma receita própria baixa, embora seja um
problema crônico, não é sinônimo de gestão ruim”, afirmou o jornalista Thiago
Vilarins. O exemplo é este de Juripiranga que recebe menos do que a Prefeitura
de Itabaiana em recursos do FPM, mas consegue investir bem na gestão do
prefeito Paulo Dália. É um dos poucos exemplos de município com baixa
arrecadação, mas com resultados fiscais excelentes, mostrando que uma boa
gestão é possível ainda que os recursos sejam limitados.