quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Prefeitos pedem volta de trem de passageiros para a região do litoral paraibano

O Prefeito de Mari, Marcos Martins (camisa listada), durante reunião com o Superintendente da CBTU, reivindicando a volta do trem de passageiros em Mari e região

Várias cidades do agreste e litoral estão encaminhando projeto para a Companhia Brasileira de Trens Urbanos para implementar o serviço de transporte ferroviário de passageiros na região. O prefeito de Mari, Marcos Martins, e seu pai, vereador José Martins, reuniram-se com o Superintendente da CBTU, reivindicando a volta deste serviço para o ramal que vai até Guarabira, aproveitando a estrutura que já existe, necessitando de investimento para sua recuperação. Outras cidades também desejam participar de um grande projeto regional para implementar esses trens.

Com a entrada em serviço dos Veículos Leves Sobre Trilho (VLT) em João Pessoa, muitos vagões e locomotivas ficarão ociosos, o que favoreceria um possível projeto da volta dos trens de passageiro nos ramais João Pessoa/Itabaiana e João Pessoa/Guarabira. “A gente tem os trilhos do trem na porta e não usufrui”, disse Severina Araújo, moradora de Mari, sonhando com a volta dos trens de passageiro, mais econômicos.

Os ramais abandonados foram locados a uma concessionária que não utiliza a infraestrutura, a qual se encontra praticamente destruída. “Seria necessário um aporte de recursos muito grande para que o material rodante pudesse utilizar esses ramais abandonados, o que é quase impossível devido ao minguado retorno financeiro que teríamos”, afirma um ferroviário aposentado que não quis se identificar.

Por outro lado, especialistas e engenheiros debatem o que fazer com os ramais que serão devolvidos ao patrimônio público pelas concessionárias, após o prazo de concessão. Uma das possibilidades discutidas é que as ferrovias devolvidas ao poder público sejam aproveitadas com o transporte de passageiros. “Nós precisamos revitalizar o transporte de passageiros no país, porque as estradas estão congestionadas, estão morrendo por ano cerca de 50 mil pessoas, os prejuízos anuais com os acidentes somam R$ 40 bilhões pelos cálculos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada [Ipea]”, disse o economista Antônio Pastori, da Associação Fluminense de Preservação Ferroviária (AFPF).


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