A ativista cultural Maria
da Quadrilha (foto), de Pilar, foi indicada ao Prêmio Leonilla Almeida 2016, criado
pela Sociedade Amigos da Rainha do Vale do Paraíba. Ela é a segunda pilarense
indicada ao Prêmio, que no ano passado homenageou a atriz Zezita Matos, também
de Pilar, considerada uma das maiores atrizes paraibanas. Ainda foram
indicadas Odete de Pilar e Andrea Ramos.
O Prêmio Leonilla Almeida
será entregue naquela cidade, em 8 de março, Dia da Mulher. Maria da Quadrilha
é uma pessoa que faz as coisas acontecerem no campo da cultura popular e seus
vetores. Figura conhecidíssima em Pilar, Maria é líder da Quadrilha Junina
Coronel Zé Lins e aquela que abre espaço social para a cultura de raiz em sua
cidade, tanto na área pública como nas organizações não governamentais.
Para a agente comunitária
de saúde Andrea Ramos, a indicação é justa porque Maria da Quadrilha faz de sua
vida uma ferramenta para melhorar a vida das pessoas através da valorização da
cultura popular.
Leonilla Almeida é uma
itabaianense que, por ter feito parte do levante comunista de 1935, foi presa e torturada pelo governo de Getúlio
Vargas. A revolta popular foi sufocada, muitos foram mortos. Centenas foram
presos e supliciados nas masmorras. Entre essas pessoas, Leonilla e Epifâni,
seu esposo. Foram para a Ilha Grande, onde conheceram o escritor alagoano
Graciliano Ramos, preso também por seu envolvimento político. Graciliano nunca
foi formalmente acusado. Passou meses na cadeira, e lá começou a escrever seu
romance “Memórias do cárcere”, onde descreve essa figura, Leonilla Almeida,
símbolo da coragem da mulher paraibana. Leonilla morreu me 1991, aos 80 anos,
no Rio de Janeiro.
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