quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Animadora cultural de Pilar é indicada ao Prêmio Leonilla Almeida

A ativista cultural Maria da Quadrilha (foto), de Pilar, foi indicada ao Prêmio Leonilla Almeida 2016, criado pela Sociedade Amigos da Rainha do Vale do Paraíba. Ela é a segunda pilarense indicada ao Prêmio, que no ano passado homenageou a atriz Zezita Matos, também de Pilar, considerada uma das maiores atrizes paraibanas. Ainda foram indicadas Odete de Pilar e Andrea Ramos.

O Prêmio Leonilla Almeida será entregue naquela cidade, em 8 de março, Dia da Mulher. Maria da Quadrilha é uma pessoa que faz as coisas acontecerem no campo da cultura popular e seus vetores. Figura conhecidíssima em Pilar, Maria é líder da Quadrilha Junina Coronel Zé Lins e aquela que abre espaço social para a cultura de raiz em sua cidade, tanto na área pública como nas organizações não governamentais.

Para a agente comunitária de saúde Andrea Ramos, a indicação é justa porque Maria da Quadrilha faz de sua vida uma ferramenta para melhorar a vida das pessoas através da valorização da cultura popular.

Leonilla Almeida é uma itabaianense que, por ter feito parte do levante comunista de 1935,  foi presa e torturada pelo governo de Getúlio Vargas. A revolta popular foi sufocada, muitos foram mortos. Centenas foram presos e supliciados nas masmorras. Entre essas pessoas, Leonilla e Epifâni, seu esposo. Foram para a Ilha Grande, onde conheceram o escritor alagoano Graciliano Ramos, preso também por seu envolvimento político. Graciliano nunca foi formalmente acusado. Passou meses na cadeira, e lá começou a escrever seu romance “Memórias do cárcere”, onde descreve essa figura, Leonilla Almeida, símbolo da coragem da mulher paraibana. Leonilla morreu me 1991, aos 80 anos, no Rio de Janeiro.


Nenhum comentário:

Postar um comentário