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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

ITABAIANA

Filho de ex-prefeita confirma que será candidato em 2016

Sinval Neto 

Sinval Neto, filho da ex-prefeita de Itabaiana, Dida Moreira, pretende lançar candidatura a prefeito da cidade em 2016, corrida eleitoral que já começou. A ideia é retomar a hegemonia no controle da Prefeitura, perdida com o candidato do grupo, Fábio Rodrigues, na eleição de 2012, que terminou em terceiro lugar entre os concorrentes.  Depois de passar por um purgatório político, o grupo Dida Moreira aposta no tempo para amenizar a rejeição eleitoral devido ao histórico político. “Não vou nem criticar a administração de Antonio Carlos, ele por si mesmo vai se desgastar e na hora certa a gente fará oposição”, disse Sinval em recente encontro que serviu para apresentar seus candidatos na eleição deste ano.

Dona Dida e seu grupo já receberam sinal verde para botar em campo a campanha de 2014. O candidato a deputado federal será o filho do senador Cássio Cunha Lima, o estreante Pedro Cunha Lima. Na Paraíba o clã Cunha Lima é conhecido. Na política, a tradicional família que tem como espelho o ex-governador Ronaldo Cunha Lima, já disputou muitas eleições majoritárias e proporcionais. Personagens conhecidos dos paraibanos como o ex-deputado Ivandro Cunha Lima e Arthur Cunha Lima, atualmente Conselheiro do Tribunal de Contas; o atual senador Cássio Cunha Lima, o vereador Bruno Cunha Lima e o vice-prefeito de Campina Grande, Ronaldo Filho, são alguns exemplos dos Cunha Lima no poder.

Para deputado estadual, Sinval Neto apresentará Antonio Mineral, que busca a reeleição. Antônio Mineral começou a trabalhar aos 13 anos ajudando seu irmão como emplacador de carros, em Patos. Aos 15, já tinha seu próprio escritório de despachos. Empresário de sucesso, ingressou na vida pública como vereador da cidade de Passagem, chegando a ser presidente da Câmara no seu segundo mandato. Aos 30 anos, tornou-se prefeito de Areia de Baraúnas. Na Assembleia, tem seu mandato voltado para o Sertão do Estado.

HEREDITARIEDADE

O professor da Universidade de Brasília (UnB) João Paulo Peixoto ressalta que a hereditariedade de transferência de votos é uma das principais características do sistema político brasileiro. Segundo ele, o país convive com esses artifícios há várias décadas. “Embora tenha havido tentativas para quebrar esse ciclo, a estrutura oligárquica continua muito forte”, alerta. Na avaliação do professor, um dos pilares de sustentação da transferência de votos é a estrutura dos partidos políticos. A semelhança com outros setores da sociedade, como a economia e a desigualdade social, faz com que a organização do poder se mantenha. “Os grupos econômicos dominantes também não mudam muito. Esse panorama é generalizado”, disse ele.

 



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