Filho de ex-prefeita confirma que será
candidato em 2016
Sinval Neto |
Sinval Neto, filho da ex-prefeita de
Itabaiana, Dida Moreira, pretende lançar candidatura a prefeito da cidade em
2016, corrida eleitoral que já começou. A ideia é retomar a hegemonia no
controle da Prefeitura, perdida com o candidato do grupo, Fábio Rodrigues, na
eleição de 2012, que terminou em terceiro lugar entre os concorrentes. Depois de passar por um purgatório político,
o grupo Dida Moreira aposta no tempo para amenizar a rejeição eleitoral devido
ao histórico político. “Não vou nem criticar a administração de Antonio Carlos,
ele por si mesmo vai se desgastar e na hora certa a gente fará oposição”, disse
Sinval em recente encontro que serviu para apresentar seus candidatos na
eleição deste ano.
Dona Dida e seu grupo já receberam sinal
verde para botar em campo a campanha de 2014. O candidato a deputado federal
será o filho do senador Cássio Cunha Lima, o estreante Pedro Cunha Lima. Na Paraíba o clã Cunha Lima é conhecido. Na política,
a tradicional família que tem como espelho o ex-governador Ronaldo Cunha Lima,
já disputou muitas eleições majoritárias e proporcionais. Personagens
conhecidos dos paraibanos como o ex-deputado Ivandro Cunha Lima e Arthur Cunha
Lima, atualmente Conselheiro do Tribunal de Contas; o atual senador Cássio
Cunha Lima, o vereador Bruno Cunha Lima e o vice-prefeito de Campina Grande, Ronaldo
Filho, são alguns exemplos dos Cunha Lima no poder.
Para deputado estadual,
Sinval Neto apresentará Antonio Mineral, que busca a reeleição. Antônio Mineral
começou a trabalhar aos 13 anos ajudando seu irmão como emplacador de carros,
em Patos. Aos 15, já tinha seu próprio escritório de despachos. Empresário de
sucesso, ingressou na vida pública como vereador da cidade de Passagem,
chegando a ser presidente da Câmara no seu segundo mandato. Aos 30 anos,
tornou-se prefeito de Areia de Baraúnas. Na Assembleia, tem seu mandato voltado
para o Sertão do Estado.
HEREDITARIEDADE
O
professor da Universidade de Brasília (UnB) João Paulo Peixoto ressalta que a
hereditariedade de transferência de votos é uma das principais características
do sistema político brasileiro. Segundo ele, o país convive com esses
artifícios há várias décadas. “Embora tenha havido tentativas para quebrar esse
ciclo, a estrutura oligárquica continua muito forte”, alerta. Na avaliação do
professor, um dos pilares de sustentação da transferência de votos é a
estrutura dos partidos políticos. A semelhança com outros setores da sociedade,
como a economia e a desigualdade social, faz com que a organização do poder se
mantenha. “Os grupos econômicos dominantes também não mudam muito. Esse
panorama é generalizado”, disse ele.
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