O prefeito de Salgado de São Félix, Adaurio Almeida, foi
o gestor que mais obras iniciou no seu município, na região de Itabaiana, que
compreende ainda Pilar, Juripiranga, Mogeiro e São José dos Ramos. No município
vizinho, Itabaiana, que é cidade polo, não se registra nenhuma obra em
andamento, porque o prefeito Antonio Carlos conseguiu a façanha de não executar
obras em sua gestão.
Em Salgado, o que se verifica é que as obras, a maioria,
não foram entregues no tempo estabelecido pelos convênios realizados com os
governos do Estado e Federal. De acordo com documentos oficiais, estão
inacabadas a construção do Portal da Cidade, que deveria terminar em 2014,
Academia de Saúde, com prazo em 2015, Praça do Centro, cujo calendário de
execução determina término em dezembro de 2015, Academia de Saúde de Dois
Riachos, Quadra de Dois Riachos, Quadra da Fazenda Campos, Colégio e quadra
Mariano Tomás, UBS de Maria de Melo e Creche Escola do Centro são obras
conveniadas com o Governo Federal e que estão inacabadas, muito além dos prazos
contratuais.
O presidente em exercício, Michel Temer, encomendou nas
últimas semanas que seus ministros façam um levantamento das obras conveniadas com recursos federais que
estão paralisadas, informou a assessoria do Palácio do Planalto. O assunto foi
um dos temas discutidos nesta terça, no Palácio do Planalto, em reunião de
Temer com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e os senadores
Romero Jucá (PMDB-RR) e Eduardo Braga (PMDB-AM).
Segundo
assessores da Presidência, o governo estima que haja “milhares” de obras
inacabadas pelo país. Após se reunir com
o presidente em exercício, Renan Calheiros disse que o país se tornou um
“cemitério de obras inacabadas”. Conforme ele, essas obras paralisadas
representam R$ 250 bilhões em restos a pagar. O peemedebista relatou que, além
de pedir o balanço de empreendimentos paralisados, Temer pedirá que os
governadores apontem obras que eles consideram prioritárias nos estados
financiadas com recursos federais.
“O andamento das obras retoma a criação de empregos e
renda, e demonstra o seu compromisso [de Temer] para uma solução definitiva
para as obras inacabadas e para os restos a pagar”, disse Renan ao chegar ao
Senado depois da audiência no Palácio do Planalto.
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