Uma visita feita pelo Conselho Estadual de Direitos
Humanos da Paraíba (CEDH-PB) constatou que a cadeia pública da cidade de Pilar,
no Brejo paraibano, está superlotada. Segundo o conselho, o local tem apenas
quatro celas e abriga 53 pessoas. Durante a visita, foram ouvidos relatos de
falta de água potável, ausência de assistência médica, ameaças e até tiros no
interior das celas.
A visita ocorreu no dia 21 de junho deste ano, mas as
informações só foram divulgadas em 8 de julho. De acordo com o
relatório da visita do CEDH, a Cadeia Pública de Pilar foi reinaugurada em
setembro de 2015, após reforma nas instalações, mas já apresenta desgastes na
parte externa.
Das quatro celas, a única que não está superlotada é a
utilizada para abrigar quatro albergados. As outras três abrigam presos de
Pilar, Sapé, Cabedelo, Gurinhém e Bayeux.
Segundo a comissão, as camas não são suficientes para
todos os internos, fazendo com que alguns dele se acomodem no chão. Alguns
chegam a dormir na entrada do banheiro da cela, conforme o relatório. Durante a
visita, os presos relataram maus tratos e retardo na entrada de familiares, que
estaria provocando uma redução no tempo de visita.
Ainda conforme o relatório da comissão, não existe água
potável na cidade e a água das torneiras é oriunda do Rio Paraíba, sendo
necessário que familiares levem água para o consumo humano dos presos. Depois
de fazer a visita e elaborar um relatório, a comissão dos Direitos Humanos
emitiu uma lista de recomendações, em relação aos problemas encontrados, além
de exigir respostas do órgãos competentes no prazo de 30 dias.
G1
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