Dois mandados de prisão temporária e
dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos na manhã de hoje durante a
"Operação Falsários", realizada pelo Ministério Público da Paraíba
(MPPB) e Polícia Civil, nos municípios de João Pessoa e Pilar. Foram presos
Adailton Alves de Medeiros e Aderilton Alves de Medeiros, pai e filho,
acusados de participação em um esquema fraudulento de exercício ilegal da
medicina.
Segundo as investigações do MPPB e da
Polícia Civil, o médico Adailton Alves de Medeiros mantém dois contratos com a
prefeitura de Pilar, um para prestar serviço em unidade de saúde da família e
outro como plantonista no Hospital Maria do Carmo Carneiro Borges, porém é o
filho dele, Aderilton Alves de Medeiros, quem efetivamente presta os serviços
contratados.
A investigação, que durou quatro meses,
foi iniciada com uma denúncia anônima feita por meio do disque-denúncia da
Polícia Civil e constatou que Aderilton Alves se formou em medicina na
Universidad Tecnica Privada Cosmos, na Bolívia, mas não conseguiu revalidar o
diploma no Brasil, tendo tirado nota zero no exame de revalidação. Como não
teve o diploma revalidado por universidade brasileira, Aderilton Alves de
Medeiros não possui registro no Conselho Regional de Medicina da Paraíba
(CRM-PB) e utiliza a identidade do pai, com a anuência dele, assinando
prescrições de medicamentos, requisições de exames e prontuários. Em Pilar,
Aderilton identifica-se como Adailton, utilizando inclusive o carimbo do pai,
que contém o número do registro no CRM-PB.
Segundo o promotor de Justiça
substituto de Pilar, Romualdo Tadeu Araújo, Aderilton Alves e Adailton Alves
são acusados dos crimes de exercício ilegal da medicina, falsidade ideológica e
falsa identidade. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos
apartamentos dos dois presos e no hospital de Pilar. O objetivo da operação é
coletar provas e aprofundar a investigação para apurar possível participação de
terceiros no esquema fraudulento, fato que caracterizaria o crime de associação
criminosa.
A operação contou com o apoio do Grupo
de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da
Paraíba. Após serem ouvidos, os dois homens presos serão encaminhados ao 5º
Batalhão da Polícia Militar, em João Pessoa.
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Polícia na Hospital de Pilar |
ParlamentoPB
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