Bloco das Virgens vem reunindo muitos adeptos |
O bloco
de rua “Nó Cego”, de Itabaiana, provavelmente não desfilará neste carnaval em
Itabaiana, segundo alguns dos seus organizadores. Há rumores de que o bloco não
conseguiu reunir um número mínimo de participantes.
Durante
mais de 30 anos, o “Nó Cego” foi presença garantida no carnaval itabaianense,
fundado pelo Dr. Dedé, Machinho, Ronaldo Brão, Marcos William, o Vilinho, Luiz
Paraíba e outros foliões na década de 80. Considerado um dos melhores blocos de
frevo do carnaval paraibano, o bloco finalmente se rende à falta de dinheiro e
apoio. “Não somos profissionais do carnaval e nem fazemos isso para ganhar
dinheiro. Tem uma hora que não dá mais”, disse Luiz Paraíba, um dos fundadores.
Segundo
alguns carnavalescos, o bloco sucumbiu diante da proliferação de blocos de
arrasto no estilo baiano, com trio elétrico, abadá e cordão de isolamento. Surgiram
muitos blocos estruturados como empresas, cujo objetivo é o lucro, atualmente
tão comum até nas pequenas cidades, “uma coisa comercialesca, para garantir
renda a alguns empresários aculturados”, disse um folião tradicional.
Na linha
do “Nó Cego”, surgiram outras agremiações como o Bloco dos Bakanas na
Folia, Bloco das Virgens, Bloco
dos Quebrados e Bloco do Pirão, Bloco da Saudade, Amigos da
13 de Maio, Kengas do Pato e As Virgens.
Criticando os novos esquemas de blocos de
carnaval, o jornalista Luciano Soares acredita que a maioria dos blocos
vive às custas do poder público. “Muitas coisas, hoje, me revoltam no carnaval.
Uma delas é ouvir a boa música ser calada à força por "hits" do
momento, de péssimo gosto e qualidade”, disse. Aquele bloco tradicional que
vivia da ajuda dos amigos e da alegria espontânea dos participantes,
preservando a música de qualidade e o frevo autêntico, esse já não existe mais,
acredita ele.
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