Em editorial publicado na edição de ontem (14) do Correio da
Paraíba, o empresário Roberto Cavalcanti defende que “se repense a fragmentação
territorial da Paraíba.” Para ele, com a criação de 52 novos municípios após a
Constituição de 88, “foram elevados a municípios meros povoados sem qualquer viabilidade
econômica”. Na visão do empresário, os prefeitos dessas pequenas cidades não se
preocuparam com o desenvolvimento, sem atrair empresas para gerar renda,
acomodando-se com o FPM, empregando boa parcela da população nas prefeituras.
“Há exceções, mas a maioria é assim”, afirma Cavalcanti.
O empresário afirma quem ”quem não tem viabilidade não
deveria ser emancipado”. Segundo Cavalcanti, os cidadãos brasileiros bancam os
custos de gestões deficitárias, criticando o socorro financeiro que o Governo
Federal dará aos municípios pequenos. “Isso não cai do céu, vai sair do bolso
dos cidadãos”. Ele acha que já está na hora de iniciar esse debate sobre o problema
dos municípios insustentáveis”.
O consultor Marcos Mendes entende que a tendência natural é
que um distrito busque a emancipação, formando um novo município, quando sua
população tiver crescido o suficiente para justificar uma administração9
autônoma. Além disso, tal crescimento precisa ter gerado capacidade de
arrecadação local de impostos. Na maioria das cidades paraibanas emancipadas,
nenhum desses fatores estava contemplado na época da emancipação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário