As
prefeituras de Mogeiro e Juripiranga comunicaram às respectivas populações que
não farão a distribuição de pescado nesta Semana Santa de 2015, alegando a
crise econômica que restringe a capacidade de investimento das administrações
públicas nos pequenos municípios que sobrevivem do FPM. O prefeito de
Juripiranga, Paulo Dália, disse que as constantes quedas de receita fazem com
que os gestores priorizem a manutenção dos serviços essenciais e “está sendo
muito difícil manter o equilíbrio financeiro”.
Para
o prefeito Dália, mais importante é pagar em dia o funcionalismo e garantir
melhoria de salários. Nesse sentido, o Poder Executivo de Juripiranga enviou
Projeto de Lei à Câmara dos Vereadores que concede aumento de 13,01% aos
profissionais do Magistério, PL nº 004/2015 que foi aprovado por unanimidade
pelos vereadores.
CRÍTICAS
A
oposição aproveitou o comunicado do prefeito Paulo Dália para criticar a
decisão tomada. Para alguns vereadores do bloco oposicionista, o prefeito
quebra uma tradição na cidade, que é a distribuição de peixe na Semana Santa às
famílias carentes. O vereador Heitor Alexandre apontou “outras receitas como a
venda dos camarotes da festa de São Sebastião que poderia ser destinada à
compra dos peixes”, afirmou. O vereador Rozil Pereira disse que se tratava de
“falta de planejamento por parte da Prefeitura e falta de interesse do
prefeito, que tem muitos amigos empresários do ramo peixeiro que poderiam fazer
doações”.
Em
Mogeiro, o prefeito é irmão de um dos maiores empresários de peixe do Brasil, e
mesmo assim faltará peixe na Semana Santa para os pobres do Município, conforme
apurou a Tribuna do Vale.
Em
Itabaiana, a assessoria de comunicação garantiu que serão distribuídas cerca de
sete toneladas de pescado na zona rural e na cidade. "Uma megaestrutura
envolvendo secretarias, servidores, carros frigoríficos e vários pontos de
distribuição está sendo montada para garantir que o pescado chegue às famílias
mais carentes a partir desta quinta-feira”, informou Carlão Mélo, da Ascom. As
famílias beneficiadas são, prioritariamente, as que já estão cadastradas nos
Centros de Referência em Assistência Social.
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