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sexta-feira, 24 de junho de 2016

Cordel recupera memória de jornalista revolucionário itabaianense

O folheto “Chico Veneno, o homem que intoxicou a burguesia”, de Fábio Mozart, recupera a memória de importante e rico período das lutas sociais e do jornalismo de resistência em Itabaiana nos anos 60/70, apresentando um panorama da vida de Francisco Almeida (foto), que foi ativista político, cineasta, agitador cultural e mentor da imprensa alternativa na cidade, nos anos da ditadura militar.
Como jornalista da imprensa alternativa, fundou o jornal “Evolução”. Pela sua coragem de se opor ao regime militar, foi preso e torturado, contribuindo para a reorganização política das esquerdas naqueles tempos. Francisco Almeida protagonizou importantes feitos na cultura paraibana, tendo sido um dos primeiros cineastas a trabalhar com a temática das populações quilombolas no alto sertão da Paraíba. O autor constrói o folheto a partir de relatos dos seus familiares e amigos, como o gravurista Unhandeijara Lisboa. “A vida de Chico daria um relato extenso em livro, que um dia me proponho a escrever, mas, por enquanto, quero oferecer às novas gerações essa memorialística poética de um dos personagens mais controvertidos e polêmicos da história de Itabaiana, terra de outro revolucionário que ficou nos registros da luta popular, o camponês Pedro Fazendeiro”, disse Fábio Mozart.
O folheto será lançado no dia 30 de junho, na Câmara Municipal de Itabaiana, juntamente com outros trabalhos de poetas cordelistas da  Academia de Cordel do Vale do Paraíba, como Thiago Alves, Pádua Gorrión, Marconi Araújo e Antonio Marcos. Na oportunidade, o compositor Adeildo Vieira receberá a comenda Sivuca e o Secretário de Cultura do Estado, Lau Siqueira, lançará a revista cultural Piriah.

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