O folheto “Chico Veneno, o homem que intoxicou a burguesia”,
de Fábio Mozart, recupera
a memória de importante e rico período das lutas sociais e do jornalismo de
resistência em Itabaiana nos anos 60/70, apresentando um panorama da vida de
Francisco Almeida (foto), que foi ativista político, cineasta, agitador cultural e
mentor da imprensa alternativa na cidade, nos anos da ditadura militar.
Como
jornalista da imprensa alternativa, fundou o jornal “Evolução”. Pela sua
coragem de se opor ao regime militar, foi preso e torturado, contribuindo para
a reorganização política das esquerdas naqueles tempos. Francisco Almeida
protagonizou importantes feitos na cultura paraibana, tendo sido um dos primeiros
cineastas a trabalhar com a temática das populações quilombolas no alto sertão
da Paraíba. O autor constrói o folheto a partir de relatos dos seus familiares
e amigos, como o gravurista Unhandeijara Lisboa. “A vida de Chico daria um
relato extenso em livro, que um dia me proponho a escrever, mas, por enquanto,
quero oferecer às novas gerações essa memorialística poética de um dos
personagens mais controvertidos e polêmicos da história de Itabaiana, terra de
outro revolucionário que ficou nos registros da luta popular, o camponês Pedro
Fazendeiro”, disse Fábio Mozart.
O folheto
será lançado no dia 30 de junho, na Câmara Municipal de Itabaiana, juntamente
com outros trabalhos de poetas cordelistas da
Academia de Cordel do Vale do Paraíba, como Thiago Alves, Pádua Gorrión,
Marconi Araújo e Antonio Marcos. Na oportunidade, o compositor Adeildo Vieira
receberá a comenda Sivuca e o Secretário de Cultura do Estado, Lau Siqueira,
lançará a revista cultural Piriah.
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