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sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Governo do Estado implanta projeto Eco produtivo em Salgado de São Félix




 O Projeto Eco Produtivo, que contempla agricultores familiares de assentamentos com ações que contribuem com desenvolvimento rural sustentável e o fortalecimento socioeconômico da comunidade, terá nesta quinta-feira (22) a legitimação do polo de Alagamar, em Salgado de São Félix. O projeto é uma iniciativa do Governo do Estado, por meio da Gestão Unificada Emepa/Interpa/Emater (GU), vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e Pesca (Sedap), cuja proposta é impulsionar a agricultura familiar local.
 
A programação da legitimação do projeto este mês começou no último dia 14, na comunidade Bartolomeu, onde são beneficiadas 17 famílias. No dia 15, foi a vez do Quilombolas de Pitombeira, no município de Várzea, com 65 famílias. No Assentamento Oziel Pereira, em Remígio, com 50 famílias, o lançamento foi no dia 20 e, finalizando, acontecerá nesta quinta-feira, em Alagamar, em Salgado de São Félix, onde atenderá a 350 famílias. Inicialmente, serão atendidas diretamente 482 famílias e indiretamente, um total de 2.420 pessoas.

Na comunidade de Alagamar, o lançamento do projeto também é coordenado pelo presidente da GU, Nivaldo Magalhães, contando com a participação do diretor técnico da Emater, Vlaminck Paiva Saraiva, do coordenador de operações, Alexandre Alfredo e integrantes da comunidade, de secretários municipais, de pesquisadores da Emepa, de extensionistas, de representantes de associações comunitárias rurais e Conselhos Municipais de Desenvolvimentos Rurais Sustentáveis (CMDRs), e parceiros envolvidos no projeto, como o Procase.

Como aconteceram nas demais comunidades, os agricultores se reuniram com os técnicos da GU para compartilhar experiências e traçar suas próprias metas de acordo com suas necessidades. Ao final, os técnicos perceberam que a comunidade demonstrou interesse em participar efetivamente do projeto, demonstraram empreendorismo, consciência política, aptidões para produção de fruticultura, piscicultura, apicultura, avicultura e criação de pequenos animais, além de diversas produções agrícolas, a exemplo de batata doce, inhame, feijão, milho e hortaliças.

Na comunidade de Alagamar existe área de recursos hídricos com o açude da Caipora, considerado o maior da região, que é utilizado para uso domestico e animal. A água para o consumo humano é captada das chuvas, armazenada em cisternas individuais e, em período de longas estiagens, com o uso de carro-pipa. Há também dois riachos não perenes devido à falta de chuvas e o excessivo desmatamento das matas ciliares, das queimadas. No local, existem oito poços artesianos, mas todos desativados.

A agricultura implantada na comunidade é a de subsistência, sendo predominante o cultivo de milho, feijão, macaxeira e pequenas criações (galinha, peru, caprino) e bovino. A comercialização da produção agrícola é feita em pequenas escalas, existindo um Centro de Comercialização com feira aos domingos, cuja estrutura foi adquirida pelo Projeto Cooperar.

As famílias tiveram participação efetiva na elaboração do Diagnóstico Rural Participativo, através de desenhos, números, mapas, fluxograma, matrizes, maquetes e diagramas, finalizando com a construção do plano de ação de cada comunidade.

O presidente da GU, Nivaldo Magalhães, informou que o projeto tem por objetivo buscar a sustentabilidade das áreas produtivas em assentamentos e comunidades quilombolas, colaborando para a melhoria socioeconômica e ambiental das unidades familiares. O fortalecimento do agronegócio, a preservação das nascentes, das matas ciliares e formação de agentes multiplicadores dessas ações foram propostas discutidas.

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