Poeta e
tipógrafo pilarense José Alves Pontes operando uma máquina impressora, em 1980
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A cidade de Pilar será representada na
Academia de Cordel do Vale do Paraíba por dois poetas: Antonio Costa e Evanio
Teixeira. O primeiro é autor de vários livros de poesia, entre eles o cordel “A
moça do coreto”. Evanio teve poema recentemente escolhido para constar na
coletânea “Novos talentos poéticos da terra de José Lins do Rego”.
Antonio Costta terá como patrono o
cordelista Francisco Firmino de Paula, nascido em Pilar a 2 de abril de 1911,
tendo falecido no Recife em 3 de dezembro de 1967. Como todo cordelista da
velha geração, Francisco era amante da arte tipográfica e da poesia popular,
tendo construído sua própria impressora. Começou a escrever por volta de 1926.
Dentre seus folhetos, destacam-se História do Boi Leitão ou O Vaqueiro que não Mente e O Herói do Ar.
Evanio
Teixeira homenageia o poeta pilarense José Alves Pontes, que nasceu em 8 de
fevereiro de 1920 e faleceu em 11 de novembro de 2009. Semelhante a Antonio
Costta, José Alves tinha pais agricultores, trabalhou na roça até os 23 anos de
idade. Com a morte do pai em 1948, veio morar em Itabaiana, onde arrumou
emprego na tipografia “A Folha”. Foi aí que aprendeu a arte tipográfica. Em
1951 foi morar em Guarabira, passando a trabalhar na gráfica de outro
importante cordelista, Manoel Camilo dos Santos. Depois, montou sua própria
tipografia. Escreveu apenas dois folhetos: História de Geraldo e Silvina e Ronaldo e
Antonieta, os quais tiveram grande sucesso, com milhares de exemplares
impressos e várias edições esgotadas.
A Academia de Cordel do Vale do Paraíba
será fundada em 24 de janeiro de 2015, no Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, em
Itabaiana, tendo como presidente o poeta itabaianense Sander Lee.
Na realidade o grande tipógrafo José Alves Pontes escreveu três cordéis. Está sepultado no cemitério velho de Guarabira (PB), cidade onde durante décadas exerceu sua profissão. Faltaram os créditos da fotografia.
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