Sônia e Rosane Almeida representam as mulheres na Câmara de Itabaiana |
A professora Irene Marinheiro, do
Movimento de Mulheres 8 de Março, de João Pessoa, disse que vai encaminhar às
vereadoras Rosane Almeida e Sônia, de Itabaiana, pedido para apresentarem
projeto de lei que cria uma "central de atendimento à mulher vítima"
no Município de Itabaiana. “Fui professora durante muitos anos na cidade, tenho
uma relação de amizade muito grande com o povo itabaianense e parabenizo a
todos pela eleição de duas mulheres ao Parlamento local”, disse Irene.
A professora Irene explicou que o
projeto já existe em outras cidades, e consiste na implantação de um serviço
telefônico gratuito. O Anteprojeto tem por finalidades denunciar situações de
violência, fornecer orientação sobre os direitos femininos, além de fortalecer
a política nacional de combate à violência à mulher. Ela esclarece ainda que,
com a Lei Maria da Penha, muito já se conseguiu a favor da mulher, e a
implantação da central de atendimento, que servirá para ajudar as vítimas de
violência no Município e para esclarecimentos sobre os direitos da mulher, vem
para dar uma maior segurança e apoio às mulheres que sofrem violência.
PESQUISA
Segundo levantamento da Fundação
Perseu Abramo, seis em cada 10 brasileiros conhecem alguma mulher que foi
vítima de violência doméstica. Machismo (46%) e alcoolismo (31%) são apontados
como principais fatores que contribuem para a violência. 91% dos homens dizem
considerar que “bater em mulher é errado em qualquer situação”. Uma em cada
cinco mulheres consideram já ter sofrido alguma vez “algum tipo de violência de
parte de algum homem, conhecido ou desconhecido”. O parceiro (marido ou
namorado) é o responsável por mais 80% dos casos reportados.
Ainda conforme a pesquisa, 66%
das brasileiras acham que a violência doméstica e familiar contra as mulheres
aumentou, mas 60% acreditam que a proteção contra este tipo de agressão
melhorou após a criação da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006).
Realizado em 2011, o levantamento
indica que o conhecimento sobre a Lei Maria da Penha cresceu nos últimos dois
anos: 98% disseram já ter ouvido falar na lei, contra 83% em 2009.
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