Os produtores de leite na região do
vale do Paraíba estão estruturando o lançamento do Projeto de Desenvolvimento
da Bacia Leiteira, com apoio de políticos e empreendedores da Paraíba e
Pernambuco, conforme anunciou Júnior Pacheco, agropecuarista e vereador em
Itabaiana. O projeto prevê a produção de cerca de 50 mil litros de leite/dia,
produção que será absorvida pelas indústrias de laticínio em Pernambuco,
principalmente a empresa ligada ao ex-prefeito de Timbaúba e atual deputado
federal, Marinaldo Rosendo.
O projeto pretende praticamente
aumentar em cinco vezes a produção de leite nos municípios de Itabaiana,
Salgado de São Félix, Mogeiro e Pilar, com ênfase na qualidade e tecnologia do
processamento, com inclusão de assistência técnica efetiva e contínua, com
investimentos dos parceiros e produtores, além do apoio do Estado da Paraíba,
visando o aumento da produtividade. “Atualmente, nossa bacia leiteira produz
apenas 10 mil litros de leite/dia, e mesmo assim temos dificuldade de colocar o
produto no mercado, por falta de incentivo”, disse Júnior Pacheco. Com o
projeto de expansão da produção, a atividade terá um incremento considerável,
pois trará melhora significativa para quem está no campo. “A maioria dos
pequenos produtores vive da produção de leite e habilitar estas pessoas traz
aumento da capacidade de produzir e melhora na qualidade do produto final, a
partir da garantia de mercado”, explica Pacheco.
AREIA DO RIO
Sobre o polêmico projeto de revogação
da lei que protege o rio Paraíba no município de Itabaiana, Júnior Pacheco
explicou que, efetivamente, o prefeito da cidade, Antonio Carlos Melo Júnior,
foi procurado pelo empresário pernambucano Antonio Ferreira para facilitar a
tramitação do projeto na Câmara. Efetivamente, o prefeito mandou sua assessoria
técnica elaborar o projeto, que não chegou a tramitar na Câmara, já que o
próprio líder do prefeito, vereador Ronaldo Gomes, posicionou-se contra a
matéria.
“Eu sou contra esse projeto, já que a
exploração de areia do rio só traz prejuízo para a cidade e o meio ambiente”,
afirmou Júnior Pacheco, defendendo apenas a retirada do aterro do rio nas imediações
da barragem da Cagepa no distrito de Campo Grande “para que a areia seja
utilizada em obras públicas e não vendida para empresários de fora”, explica
ele. Com essa operação, o rio seria desassoreado e o Município sairia ganhando,
disse Pacheco.
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