Segundo
dados da Secretaria de Saúde da Paraíba, morte de grávidas cresce mais de 83%
no Estado. Em 2012, 22 casos foram registrados. Juripiranga é uma das cidades
onde mais cresceu a mortalidade de gestantes. Nos últimos anos, o número de
óbitos aumentou consideravelmente. Ao todo, 271 paraibanas já perderam a vida
em decorrência de complicações obstétricas no Estado. Outras 29 também morreram
após sofrer um aborto. Os dados são do Sistema de Informação de Mortalidade
(SIM) da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Além
de Juripiranga, as cidades que mais tiveram registros foram João Pessoa (41),
Campina Grande (28), Patos (9), Santa Rita (8), Esperança (7), Bayeux (6),
Barra de Santana (4), Alhandra (4), Itaporanga (4), Seridó (3). Em Juripiranga,
cinco mulheres foram a óbito durante a gravidez nos últimos anos.
Para
o ginecologista Geraldez Tomaz, membro da Sociedade de Ginecologia da Paraíba e
representante do Estado na Sociedade Brasileira de Ginecologia, a mortalidade é
reflexo da deficiência na realização dos exames de pré-natal. Ele explica que
muitas complicações durante o parto são provocadas por doenças que poderiam ser
diagnosticadas e tratadas ainda na fase gestacional.
Outro
problema que também aumenta o risco de mortalidade é a realização desnecessária
de cesarianas. Segundo o médico, essa cirurgia só deve ser feita em
determinadas condições, mas estão sendo banalizada. Nos hospitais públicos,
elas já são 30% dos partos e nos particulares, mais de 90%. Isso precisa ser
revisto, porque as pacientes ficam mais suscetíveis a sofrer de infecções e de
apresentar problemas de cicatrização, conta Geraldez Tomaz.
Da redação
com Folha do Sertão
Nenhum comentário:
Postar um comentário