O Coren-PB, Conselho Regional
de Enfermagem, interditou hoje (22) o Hospital Maternidade de Pilar. A
interdição acontece motivada pelo não atendimento às exigências de melhorias no
atendimento e no número de profissionais alocados no hospital. O Coren-PB
emitiu notificação para solucionar os problemas no local, no entanto as medidas
não saíram do papel. Os pacientes já internados continuarão sendo atendidos na
unidade de saúde. A Secretaria de Saúde do Município ainda não se manifestou
sobre a interdição. A tendência imediata é de que a medida sobrecarregue outras
emergências que atendem pelo SUS na Capital e até mesmo em Itabaiana, cidade
vizinha.
REINCIDÊNCIA
Em novembro de 2011, o Conselho
Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) realizou a interdição ética da sala de
cirurgia do Hospital e Maternidade Maria do Carmo Monteiro Borges e a Unidade
Básica de Saúde (UBS), ambos localizados no Centro da cidade de Pilar. Com a
interdição ética, os médicos ficaram impedidos de trabalhar devido às más
condições de atendimento. De acordo com o diretor de Fiscalização do CRM-PB,
Eurípedes Mendonça, os dois locais já haviam passado por vistorias anteriores,
mas nenhuma das pendências foi solucionada.
Segundo ele, foram
identificados diversos problemas no hospital, sendo os mais graves na sala de
cirurgia. O local não teria equipamentos adequados para os procedimentos
cirúrgicos, como desfibrilador, além condições inadequadas de esterilização e
medicamentos vencidos. “Verificamos também que não há médicos nas terças e
quartas-feiras das 7h às 19h, vários problemas de manutenção, acúmulo de
vegetação nas dependências do hospital e falta de proteção para evitar o acesso
de animais na parte de trás do prédio”, destacou o diretor de Fiscalização
CRM-PB.
Eurípedes disse que o hospital
havia sido inspecionado em agosto de 2010, mas nenhuma das recomendações teria
sido cumprida. A diretoria da unidade hospitalar foi informada que, se nos
próximos dias os problemas não forem resolvidos, o CRM-PB, o Conselho Regional
de Enfermagem (Coren-PB) e o Conselho Regional de Farmácia (CRF-PB) irão
interditar todas as dependências do hospital. Como nenhuma providência concreta
foi tomada, veio mais uma interdição naquela unidade de saúde.
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