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domingo, 23 de agosto de 2015

Intensificam-se conflitos agrários em Mogeiro e Pilar, às vésperas de julgamento de trabalhador rural

Agricultor Ivanildo Francisco vai a juri em João Pessoa

Os movimentos sociais e populares denunciam intensificação dos conflitos pela terra na região de Mogeiro, com recrudescimento da violência e criminalização dos militantes de entidades ligadas ao campo. Segundo documento tornado público pelo Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania da Universidade Federal da Paraíba, “verificam-se ocorrência de várias situações de ameaças, intimidações, perseguições e práticas similares perpetradas por capangas, milícias privadas e alguns policiais militares à serviço dos grandes proprietários da região, sofridas contra os por trabalhadores rurais e membros da Comissão Pastoral da Terra (CPT-PB), em especial nas áreas de Fazendinha, Salgadinho e Paraíso de Mogeiro e Paraíso de Pilar, no Agreste paraibano”.

Neste sábado (2) uma comitiva de solidariedade a Mogeiro saiu da Praça da Alegria, do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes da UFPB, com estudantes, professores e ativistas dos direitos humanos e visitou assentamentos na região. Os ativistas lembram que no dia 27 de agosto (quinta-feira próxima) será levado a júri popular no Fórum Criminal de João Pessoa o trabalhador rural Ivanildo Francisco da Silva com mais seis companheiros, que estão presos há um ano e sete meses sob a acusação de ter assassinado José Carlos de Andrade Silva e da tentativa de assassinato do policial civil Sérgio de Souza Azevedo em meio a uma situação de acirramento de conflitos rurais na região de Mogeiro, no ano de 2002. “Ressaltamos que, na ocasião, os presos sofreram diversos abusos, tendo sido barbaramente torturados, sem acesso aos seus advogados e mantidos presos durante um ano e sete meses de forma injustificada, num flagrante desrespeito aos seus direitos humanos”, assinala o documento.



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