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quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Sindicato dos ferroviários nega sala para Academia de Cordel em João Pessoa

O Sindicato dos Ferroviários indeferiu pedido da Academia de Cordel do Vale do Paraíba para ocupar uma sala vazia na sede da entidade, na Rua da Areia, em João Pessoa. O Presidente do sindicato, Severino Urbano, lamentou a recusa da diretoria em dar acatamento à solicitação dos poetas. “Fui atropelado pela diretoria e todos votaram contra a cessão da sala que está ociosa. Fui voto vencido, sinto muito por ter diretores ‘cabeça dura’ que não entenderam que as atividades da Academia iriam agregar valor ao sindicato”, disse ele.
O secretário da Academia, Fábio Mozart, e o tesoureiro, Thiago Alves, que são ex-ferroviários, também lamentaram a recusa dos sindicalistas em ceder um espaço físico ocioso para atividades culturais. “Fui fundador do Sindicato e fiquei decepcionado com a resolução dos companheiros, pois nosso intuito é de promover atividades culturais e recreativas que permitam o desenvolvimento intelectual dos associados, dinamizando a integração social, que é um dos objetivos da entidade de classe dos ferroviários, incluindo uma biblioteca com mais de mil títulos”, explicou Fábio Mozart.
Sander Lee, Presidente da Academia, disse que a entidade continuará buscando apoio para instalação da sede da instituição. “Temos um acervo de folhetos que precisamos colocar à disposição de estudiosos e do público em geral, além de constar em nossa agenda a realização de oficinas de cordel e xilogravura, mas os poetas hão de encontrar um espaço para sentar praça e produzir a literatura popular”, afirmou.
Para o compositor e poeta itabaianense Adeildo Vieira, essa postura “é mais comum do que se imagina no meio da burocracia política dos sindicatos que acabam virando as costas para a poesia”.

O diretor do Sindicato, José Cleofas, informou que a decisão não é definitiva e que poderá ser revista, aprovando o comodato com a Academia para utilização da sala. 

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