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terça-feira, 20 de novembro de 2018

Justiça em Itabaiana discute ações contra o tráfico e criminalidade na região de Juripiranga e Itambé




A Promotoria de Justiça e a Vara de Justiça de Itabaiana realizaram, na manhã desta segunda-feira (19), uma reunião conjunta com órgãos da segurança pública dos Estados da Paraíba e de Pernambuco para debater ações integradas de combate ao tráfico de drogas e à criminalidade, nos Municípios de Juripiranga/PB e Itambé/PE.
A reunião, que aconteceu na Câmara de Vereadores de Juripiranga, foi uma iniciativa das promotoras de Justiça Miriam Pereira Vasconcelos e Ana Carolina Coutinho Ramalho Cavalcanti, devido à existência de organizações criminosas que atuam na fronteira entre os dois estados, principalmente nos municípios de Juripiranga e no Distrito de Ibiranga, que pertence ao município pernambucano de Itambé.
Participaram os juízes Luciana Rodrigues de Lima e Michel Rodrigues de Amorim e representantes das Polícias Federal, Civil e Militar dos dois estados da federação, além de autoridades locais, bem como representantes do Ministério Público e do Poder Judiciário das Comarcas de Itabaiana (que abrange o município de Juripiranga) e de Itambé/PE.
Conforme explicou a promotora Ana Carolina Cavalcanti, as cidades de Juripiranga/PB e o distrito de Ibiranga são aglutinados, possuindo apenas uma linha geográfica fictícia que os separa, de modo que os crimes praticados na localidade são de interesse da segurança pública de ambos os Estados, Paraíba e Pernambuco.    
Já a promotora Miriam Vasconcelos relatou que, diuturnamente, seja através de audiências judiciais, inquéritos policiais, ou mesmo dos noticiários, verificou-se que nessa região fronteiriça, há intensa e reiterada prática de tráfico de drogas ilícitas, além da disputa de duas facções autodenominadas 'Estados Unidos' (ligada ao Primeiro Comando da Capital, o PCC) e 'Okaida'.
De acordo com ela, informes policiais, da população e dos próprios criminosos, a Paraíba está sob o domínio dos EUA/PCC; enquanto que Pernambuco é território da Okaida, o que faz com que os moradores destas localidades sejam privados de cruzar a fronteira entre os Estados, devido às ameaças de, enquanto integrantes da facção rival, terem suas vidas ceifadas.     
Apesar de as organizações criminosas terem como principal atividade o tráfico de drogas, essa prática envolve também o cometimento de outros ilícitos conexos, como porte de arma de fogo, furtos, roubos e homicídios, aumentando os índices de violência e insegurança na localidade.
O encontro resultou na criação de um conjunto de medidas a serem desenvolvidas pelos órgãos de segurança pública da Paraíba e de Pernambuco, bem como pelo Ministério Público e Poder Judiciário de ambos os estados, a fim de fazer cessar a atividade dessas facções, reestabelecer a ordem pública e garantir a segurança da população.

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