Investimento
em educação na rede pública despenca em Itabaiana, segundo indicadores do TCE
De acordo com os Indicadores de Desempenho dos Gastos Públicos com
Educação na Paraíba (IDGPB), 93,7% dos municípios do Estado estão em situação
crítica, de alerta ou de atenção por conta de problemas que vão desde o alto
custo com pessoal até taxas crescentes de analfabetismo.
O estudo mostra que dos 223 municípios paraibanos, 209 fazem parte dessa
realidade onde a educação pede socorro. Conforme o levantamento, 179 fazem
parte do grupo que cidades que está em estado de atenção. Os que compõem o time
que está em alerta são 146 e 66 vivem uma situação crítica.
Na região do vale do Paraíba, as despesas em educação na cidade de
Itabaiana caíram de R$ 4.800.000 para 3.300.000, de 2007 a 2011. No mesmo
período, a taxa de aprovação, indicando qualidade do ensino, teve um leve
crescimento de 5%, enquanto diminuíram de 2.700 para 2.300 os alunos
matriculados. No quadro de despesa por aluno, o valor de R$ 1.500 reais por
aluno permanece.
O Município de Salgado de São Félix foi o que apresentou melhor evolução
das despesas em educação na rede pública, passando de R$ 3.200.000 para
5.300.000 em quatro anos. Os índices de aprovação passaram de 76% para 79% e as
matriculas tiveram leve aumento, de 1.500 para 1.600 alunos em média. Já as
despesas por aluno tiveram acréscimo de R$ 1.400 para R$ 2.000 reais.
Em São José dos Ramos, o destaque fica por conta do índice de aprovação
que cresceu de 70% para 77%, mas as matrículas caíram de 1.700 para 1.100
alunos, no período. O valor por aluno também teve importante acréscimo, de R$
1.600 para R$ 2.800.
Mogeiro aumento suas despesas com educação, de R$ 2.800.000 para
4.800.000, mantendo, no entanto, a taxa de aprovação em 78%. O número de alunos
matriculados na rede pública cresceu de 1.600 para 2.600, de 2007 a 2011.
Em Pilar, a evolução das despesas em educação na rede pública municipal
saiu de R$ 3.200.000 para 4.000.000, enquanto o índice de aprovação, indicando
qualidade do ensino, diminui de 75% para 72%. As matrículas também apresentam
ligeira queda, de 1.900 para 1.800 alunos, enquanto o custo por aluno elevou-se
de R$ 1.700 para R$ 2.400.
Juripiranga teve alta de um milhão e trezentos mil reais com despesas em
educação, elevando ainda o índice de aprovação de 70% para 74%, sendo que as
matrículas tiveram ligeiro decréscimo, passando de 1.800 para 1.700 alunos. O
custo por aluno saiu de R$ 1.400 para R$ 2.400 no período.
Da estrutura
A estrutura das escolas também não ajuda a elevar os índices. Conforme o
IDGPB, 37 cidades apresentam um número crescente de professores temporários. Em
outras 30 localidades a precariedade na infraestrutura atrapalha o
desenvolvimento educacional e, em 36, o número de professores por aluno também
complica a situação. Há escolas que possuem até 22 alunos por professor, em
média.
Faltam em muitas, principalmente, laboratórios de
ciências, bibliotecas, quadras esportivas, laboratórios de informática, acesso
à internet, salas para os professores e até coleta de lixo.
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