Uma fonte ligada à Prefeitura
de Itabaiana postou nas redes sociais sua defesa ao programa “Mais médicos”, do
Governo Federal, refletindo um problema que considera sério no País que é a
concentração da categoria dos médicos nas capitais e cidades mais
desenvolvidas, deixando de lado o interior. “A Prefeitura de Itabaiana paga a
um médico R$ 7.500,00 (PSF), e R$ 7.000,00 (SAMU), com um plantão por semana. A
Prefeitura de Salgado de São Felix paga a um médico cerca de R$ 6.000,00, e a
Prefeitura de Mogeiro cerca de R$ 6.500,00. Resumo: os médicos dessas cidades,
apenas para exemplificar, não querem trabalhar. Vão nos PSF's e só querem
passar 4 horas, só se dispõem atender 10 a 15 pessoas, ao contrário dos médicos
cubanos que têm dedicação total”, afirmou o perfil “Itabaiana Paraíba” no
Facebook, cujo conteúdo divulga a gestão do prefeito Antonio Carlos.
Nas
cidades pequenas, médicos não querem enfrentar as dificuldades da falta de
estrutura básica, como laboratório para exames e equipamentos. Mesmo com a ida
de médico para o interior, a população continuará dependendo das cidades
maiores para a continuação do atendimento, ou seja, o serviço de ambulância
terapia deve continuar sendo regra nestes locais. Em Itabaiana, mesmo com dois
hospitais, toda assistência mais complexa tem que ser feita em Campina Grande
ou João Pessoa, por falta de estrutura nas unidades de saúde local.
A opção
do governo em contratar médicos estrangeiros, na falta de profissionais do
país, também gerou uma forte resistência da classe médica. De acordo com o
diretor do Centro de Ciências da UFSC, na Inglaterra 25% dos profissionais são
estrangeiros e nos EUA estes profissionais correspondem a 20%, enquanto no
Brasil temos um índice de 1,5% de médicos estrangeiros.
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