Representantes de vários
órgãos do Governo do Estado e do Ministério da Integração discutiram na semana passada a revitalização do rio Paraíba. A recuperação da bacia
hidrográfica faz parte da preparação para receber as águas da transposição do
rio São Francisco.
De acordo com o secretário
executivo do Meio Ambiente, Fabiano Lucena, entre as ações prioritárias está a
realização de um diagnóstico detalhado das condições ambientais do rio Paraíba.
“Neste momento é importante atualizar nosso Plano de Bacia. Depois vamos
definir estratégias para enfrentar os problemas e transformar o planejamento em
ações práticas que vão revitalizar o rio”, elencou durante a reunião no Centro
Administrativo.
“Quando nosso diagnóstico foi
feito a questão da transposição não tinha sido inserida no contexto. Como as
questões ambientais são dinâmicas, precisamos de um novo levantamento que nos
mostre onde atuar de forma a deixar a Paraíba pronta para a chegada das águas
do Velho Chico”, completou o superintendente da Sudema, João Vicente Machado
Sobrinho.
O coordenador do Departamento
de Projetos Estratégicos do Ministério da Integração, José Luiz de Sousa,
destacou a necessidade dos órgãos estaduais trabalharem em parceria com as
prefeituras das 72 cidades localizadas dentro da bacia do rio Paraíba. “Essa
não é uma obra apenas do Governo Federal. Ela também é responsabilidade dos
cinco estados e dos mais de 400 municípios envolvidos”, alertou.
Para o presidente da Agência
Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa), João Fernandes da
Silva, a recuperação do rio Paraíba é um grande desafio que será vencido com o
trabalho integrado entre os órgãos estaduais. “A bacia vem sofrendo ao
longo de anos com a degradação ambiental, por isso a revitalização do rio
Paraíba é um trabalho difícil. Mas com ações conjuntas podemos recuperar
nascentes, reflorestar matas ciliares e realizar o tratamento dos esgotamentos
sanitários. E isso precisa se tornar um trabalho contínuo”, concluiu.
O rio Paraíba nasce na serra
do Jabitacá, no município de Monteiro, e tem aproximadamente 300 quilômetros de
extensão. Sua bacia hidrográfica abrange uma área superior a 20 mil quilômetros
quadrados. É a segunda maior do Estado, pois engloba 38% do território,
abrigando quase dois mil habitantes, envolvendo cidades de alta densidade
demográfica como João Pessoa e Campina Grande.
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