Vale do Paraíba fica de fora de
projeto de industrialização proposto pela UBAM
A União Brasileira de Municípios (UBAM) lançará, no dia 15 de
janeiro de 2015, no Plenário da Assembleia Legislativa, o Plano de Industrialização
dos Municípios da Paraíba, a partir da instalação da Zona Franca do Semi-Árido
Nordestino, que terá dois Polos industriais, um em Soledade e outro em
Cajazeiras, interligados por linha férrea, contendo portos secos, para
escoamento da produção para todo país e para o mundo.
A proposta visa livrar, em longo prazo, as prefeituras da dependência dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
O Plano não contempla a região do vale do Paraíba, mesmo sendo uma parte
do estado que também sofre os efeitos da estiagem e não conta com nenhuma
grande obra de infraestrutura.
Leonardo Santana, Presidente da UBAM, lamentou a falta de ações sociais
nas cidades que compõem o chamado “polígono das secas”, as quais, segundo ele,
parece não estarem contidas nos propósitos governamentais da União, que faz
vista grossa para os problemas mais alarmantes que esses municípios enfrentam.
Ele disse que não é apenas por causa da estiagem prolongada, mas a falta de
oportunidades que vem gerando um verdadeiro caos social, numa região
marcada pelo desemprego e por péssimos índices educacionais, crescentes índices
de violência e marginalidade e sem perspectiva de futuro para essas populações.
O dirigente municipalista garantiu que não há nenhuma dificuldade de se conseguir a instalação de indústrias nas cidades do interior, tendo em vista que cada uma delas tem sua vocação industrial, com as suas riquezas naturais.
Para observadores da política e da economia, a região do vale do Paraíba
se ressente de lideranças políticas com influência suficiente para trazer
grandes obras e investimentos que alavanquem o desenvolvimento e o crescimento
dessas cidades.
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