População opina sobre retirada de barracas do
centro da cidade
Em recente enquete no blog Itabaiana Hoje, a
maioria dos internautas (75%) aprovou a medida do Ministério Público em
Itabaiana, que ordenou a retirada das barracas existentes no centro da cidade.
Para muitos moradores, entretanto, o prazo dado foi muito curto para que a Prefeitura
providencie um local adequado para a instalação das barracas, prejudicando os
trabalhadores que sobrevivem com esse comércio.
Muitas barracas possuem alvará de
funcionamento fornecidos pela própria Prefeitura, mas a maioria funciona sem
licença, pois é praxe no interior o Poder Público deixar de exercer poder de polícia administrativa nesses casos,
por razões políticas locais. Com a instauração do Procedimento Administrativo
por parte do Ministério Público, a Prefeitura terá 45 dias para relocar as
barracas que ocupam espaço público indevidamente, segundo as autoridades,
comprometendo a estética urbana e o trânsito de pessoas e automóveis.
Os barraqueiros já foram notificados para
retirada das barracas sob pena de demolição, para melhor ordenamento urbano e
preservação de bens públicos. Josivânia Silva, que vende espetinhos no centro
da cidade, foi a primeira a ser notificada. Há dez anos praticando seu pequeno
comércio, ela disse que o prazo de 30 dias para sair do local é muito curto e
espera que a Prefeitura dê condições para que continue seu trabalho em outro
local.
O cabeleireiro Gilberlan considera que a
Prefeitura não terá condições de resolver o problema a curto prazo. “Há mais de
seis anos estamos sem matadouro e, atualmente, a Prefeitura não tem condições
financeira de terminar o que está sendo construído, como poderá providenciar
uma praça de alimentação para os barraqueiros?”, indaga. Para ele, os
proprietários das barracas deveriam ser convocados para debater o problema e
encontrarem, juntamente com as autoridades, uma solução compatível com os seus
direitos de trabalhadores que tiram o sustento da família desses pequenos
negócios.
Para o internauta Dailton, o Ministério
Público deveria focar sua atenção no dinheiro que, segundo ele, foi desviado
dos cofres públicos nos últimos anos. “Daria para construir o maior camelódromo
da Paraíba”, ironizou, acusando ainda a Vigilância Sanitária local de não
fiscalizar devidamente a carne que é vendida na feira livre. “Estão abatendo
gado no Ingá e vendendo em Itabaiana, gado doente, sem nenhuma fiscalização.
Isso o Ministério Público não vê”, disse ele.
Para Jakeline, a culpa recai nos últimos
administradores da cidade, que não se preocuparam com a deterioração das áreas
urbanas e a degradação ambiental. “Os prefeitos permitiram a utilização
inadequada dos espaços públicos para conquistar votos. Esses deveriam também
ser penalizados”, acredita.
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