Projeto cobra de concessionárias recursos para custeio do
serviço de iluminação pública e apoio à cultura
Rosane Almeida (2ª à direita)
reunida com coordenadores do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar para discutir
projeto de apoio à cultura
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“Oposição
não é só para criticar, também deve propor alternativas administrativas”. Com
essa declaração, a vereadora Rosane Almeida apresentou seu projeto de lei que
deverá encaminhar à Câmara de Itabaiana, instituindo taxa a ser cobrada da
empresa de energia elétrica pela utilização do espaço público, cujos recursos,
segundo justificativa, serão destinados às despesas relativas à manutenção da
iluminação de vias, logradouros e demais bens públicos municipais, assim como a
instalação, manutenção, melhoramento e expansão da rede de iluminação pública.
O projeto ainda destina recursos da taxa de utilização do espaço público por
parte da companhia de água e esgotos, além de outras empresas concessionárias
que utilizem vias públicas ou subterrâneas, para o Fundo Municipal de Cultura.
Rosane
Almeida visitou o Ponto de Cultura Cantiga de Ninar no dia 10 de novembro, onde
discutiu com alguns produtores culturais sua proposta de criar verba para
financiar a cultura local, através desse projeto. Segundo ela, essa taxa já vem
sendo cobrada pelas prefeituras de Porto Alegre, Belo Horizonte e Fortaleza. A
prefeitura de João Pessoa também já tem sua lei (Lei Complementar nº 24),
cobrando das operadoras de celulares, Cagepa e Energisa pelo uso do solo urbano.
“A destinação específica para o fomento de projetos culturais é um fator
socialmente relevante e politicamente estratégico. É uma alternativa concreta
de fazer com que as grandes empresas socializem ínfima parte do que recolhem
dos consumidores. A medida tem amparo no Código Civil e endosso na Constituição
Federal. Portanto, nada mais justo do que a aprovação do presente Projeto de
Lei”, defende Rosane Almeida.
Por outro
lado, a Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece que os prefeitos não podem
abrir mão de receita, sob pena de crime. “Não se cria nenhum imposto e o
consumidor não será penalizado com essa medida. Essa empresa Energisa rasga
nossa cidade, embute tubulações, usa nosso espaço aéreo, alcançando lucros
exorbitantes, sem deixar nenhum benefício para a população. Portanto, nada mais
justo do que estabelecer um ônus a essa atividade. Seria em razão da utilização
de nossas ruas e calçadas onde instalam postes, fios, transformadores, canos,
dutos, caixas de conexão, equipamentos e acessórios fundamentais ao serviço ou
produto que fornecem, utilizando bens públicos de graça para ganhar muito
dinheiro e cobrar tarifas astronômicas pelo fornecimento da energia elétrica”,
justificou ainda a vereadora Rosane.
Jacy
Mendes, da Coordenação do Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, agradeceu a
atenção da parlamentar em levar para debate com alguns segmentos da sociedade
esse projeto de lei, “que certamente vai ajudar a difusão cultural em nossa
cidade, com recursos para o Fundo Municipal de Cultura”. “Vamos colar nessa
ideia e apoiar”, afirmou o arte educador Edglês Gonçalves.
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