Estação de Itabaiana |
A Associação Cultural Poeta Zé das Luz, de Itabaiana, se
une ao movimento de defesa da memória ferroviária na Paraíba, composto por
historiadores, jornalistas, ex-ferroviários e agentes culturais ligados
principalmente à área de turismo nas cidades por onde passavam os trilhos da
extinta Rede Ferroviária Federal S.A. Um dos diretores da Zé das Luz, Fábio
Mozart, é ferroviário aposentado e um dos que defendem a preservação da memória
ferroviária no Estado, fazendo parte dos que assinam petição para levar este
debate à Assembleia Legislativa da Paraíba. O grupo busca montar planilha com
os dados das estações no Estado, as que foram recuperadas, qual a finalidade
que foi dada aos prédios das estações, quais estão em ruínas e as que foram
totalmente demolidas.
Em Itabaiana, a Associação Zé da Luz e Academia de Cordel
do Vale do Paraíba, sediadas na cidade, já conversaram com o prefeito, Lúcio
Flávio Costa, sobre a revitalização do pátio ferroviário do Triangulo, uma das
cinco estações triangulares que já existiram no Brasil. Na ocasião, há cerca de
sete anos, o prefeito acenou para um projeto do Município que transformaria o
ambiente ferroviário em um centro cultural, dependendo de verbas federais.
“Estamos agendando outra reunião com o prefeito, dessa vez acompanhados de
Cleofas, do Sindicato dos Ferroviários da Paraíba, para retomar a conversa
sobre o projeto e buscar parceria para lançamento do livro Nos Trilhos da
Memória – pare, olhe, escute, do jornalista, escritor e policial penal,
Josélio Carneiro de Araújo, abordando a temática ferrovia e o resgate de sua
memória. O livro abre o debate para políticos e atores ativistas da sociedade
civil, objetivando a recuperação e ocupação cultural de antigas estações de
trem abandonadas, prédios em ruínas em várias cidades a exemplo de Guarabira,
Patos, Sousa, Soledade, Alagoa Grande, Ingá e Itabaiana. Dezenas de fotografias
históricas ilustram a obra impressa na Letras e Versos, editora do Rio de
Janeiro.
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