Professores de comunicação estudam folheto de Fábio Mozart e Bento Júnior sobre a pandemia

Os professores doutores Marco Antonio de Oliveira Tessarotto (foto) e Antonio Fausto Neto realizam um estudo sobre cordéis elaborados/produzidos durante a pandemia cuja temática dialoga com questões sensíveis e de debate público. Neste sentido, esses mestres se interessaram pelo teor do cordel intitulado "O poeta que virou zumbi no terror da pandemia", escrito por Bento Júnior e Fábio Mozart, trabalho que faz parte da análise dos professores.

Marco Antonio de Oliveira Tessarotto é Doutor em Ciências da Comunicação na área de concentração da Midiatização e Processos Sociais e Mestre em Sociologia da Mídia pela Universidade Federal da Paraíba. Atualmente está responsável por Teorias do Jornalismo e Comunicação Comunitária. Tessarotto tem pesquisas relacionadas às áreas de comunicação e sociologia para temas como mídia com ênfase nos estudos de impactos midiáticos em comunidades tradicionais e nos seguintes: cidadania, identidades, quilombolas, inclusão social, efeitos midiáticos.

Antonio Fausto Neto é mestre em Comunicação pela Universidade de Brasília, doutor em Sciences de La Comunication Et de L'information - Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales, na França e pesquisador do CNPq, onde é membro do Comitê Científico na área de comunicação. Escreveu os livros “O impeachment da televisão”, “Desconstruindo os sentidos”, “Lula Presidente – Televisão e política na campanha eleitoral” e “O mundo das mídias”.

Para Fábio Mozart, o cordel sempre narrou os fatos do cotidiano, além das lendas e crendices do povo. Atualmente, os pais do cordel, Leandro Gomes de Barros e João Martins de Athaide, entre outros, são traduzidos em diversas línguas e estudados nas cadeiras de Literatura Universal Popular. “Saímos da cordinha da feira para os gabinetes acadêmicos, e de certa formas contribuímos para a ciência e a humanidade”, acrescentou. O cordelista Bento Júnior é autor de uma poesia versátil e crescente. Também professor, Bento Júnior lembra que o cordel cai até no Enem. Um trecho de um cordel de autoria do cordelista cearense Gonçalo Ferreira da Silva, natural de Ipu, foi utilizado em uma questão de física na prova de Ciências da Natureza e suas tecnologias do Enem de 2021. A questão utilizou um trecho do cordel "Senhor dos Anéis", publicado em 2004.