As cidades de Guarabira, Mari, Cruz do Espírito
Santo, Pilar e Itabaiana estão entre as que podem ter ramais do sistema
ferroviário metropolitano já instalado na Grande João Pessoa. A informação foi
confirmada pelo superintendente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos
(CBTU), Wladme Macedo.
Durante
reunião, Macedo afirmou que a CBTU tem interesse em esticar as linhas, mas esse
procedimento depende do governo federal. Segundo o superintendente, as
prefeituras estão de olho nos ramais da Transnordestina na Paraíba, já
descartados pelo governo federal, e que alcançam várias cidades do estado,
inclusive as quatro mencionadas acima. Também houve encontros e discussões com
outros prefeitos do Brejo e da Grande João Pessoa.
Wladme explicou que os
prefeitos interessados em ampliar o sistema de trens devem fazer solicitações
formais aos ministérios das Cidades e dos Transportes. Só depois desse
procedimento burocrático vencido e com as devidas autorizações, é que a CBTU
poderá agir.
“A Companhia não tem autonomia para decidir
sobre a utilização das linhas da Transnordestina na Paraíba. O caso cabe ao
governo federal, por meio dos dois ministérios, mas a CBTU tem interesse na
ideia e orientou os prefeitos que procurem Cidades e Transportes para que seja
resolvido. Estando autorizado, a CBTU tem todas as competências para seguir em
frente com a ampliação das linhas da região metropolitana”, explicou Wladme.
Wladme
Macedo adiantou como poderia ser o funcionamento do sistema ampliado de trens
para outras cidades da Grande João Pessoa, como Cruz do Espírito Santo, e
municípios próximos, como Itabaiana. A ideia inicial contemplaria uma estação
de integração em Santa Rita que permitiria baldeação para os outros municípios.
Caso o sistema novo de VLTs não fosse suficiente para chegar até esses locais,
já com as oito composições, os trens antigos seriam reformados, ganhariam
ar-condicionado e as linhas também passariam por reformas.
O sistema de
linhas férreas da Transnordestina começa no Porto de Pecém, em São Gonçalo do
Amarante (CE), e segue para o Porto de Suape, em Ipojuca (PE), com
aproximadamente 1,7 mil km, passando ainda pelo Piauí. De acordo com Wladme
Macedo, o trecho da Transnodestina que há na Paraíba não será utilizado pelo
governo federal e pode ser disputado pelas cidades que têm interesse em
instalar sistemas de trens.
Atualmente, o Sistema de Trens Urbanos de João
Pessoa é operado por composições a diesel. Apenas uma linha férrea permite a
operação do sistema e tem 30 km de extensão, passando por João Pessoa,
Cabedelo, Bayeux e Santa Rita, com 10 estações em operação, transportando cerca
de 10,1 mil passageiros/dia. Conforme a CBTU, todo o sistema de trens da região
metropolitana será substituído por oito composições do VLT. Duas delas já estão
na Paraíba, sendo que uma está em operação de forma experimental.
Em quatro
anos, a partir de 2015, todas as estações deverão ser reformadas, novos pontos
construídos e o sistema de trens metropolitano definitivamente modernizado. O
investimento inicial já chega a R$ 70 milhões, provenientes do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC) Equipamentos, do governo federal.
Fonte:
Expresso PB
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