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quinta-feira, 17 de junho de 2021

Radialista constata vazio comunicacional e diz combater “picaretagem” na radiodifusão comunitária

O radialista comunitário Luiz Henrique Parahyba, ativista do movimento de rádios livres e comunitárias, afirmou que na Paraíba existem mais de trinta cidades e vilas sem rádio comunitária, e algumas onde não há nem sinal de celular, muito menos internet móvel. Para ele, o Governo paralisou os processos de outorga de concessão de rádios comunitárias desde a gestão de Michel Temer. “A Presidenta Dilma deixou 1.028 municípios listados em editais para concessão de rádios comunitárias, que foram cancelados pelo seu sucessor, Michel Temer. No atual governo de Bolsonaro, aí sim que zerou o processo e piorou a burocracia”, afirmou Parahyba, em entrevista ao programa “Meia dúzia de três ou quatro”, transmitido na plataforma Facebook. Ele citou o exemplo do sítio Chã de Areia, município de Pilar no agreste da Paraíba, onde não há sinal de celular e as pessoas simplesmente não podem se comunicar por qualquer meio eletrônico.

Luiz Henrique informou que no Brasil operam cerca de 4.900 rádios comunitárias autorizadas pelo Ministério das Comunicações, mas são mais de seis mil funcionando, contando com as que trabalham de forma livre e em caráter provisório, sem esperar a concessão. “É preciso ter mais gente fazendo isso, mesmo porque a legislação que regulamenta as rádios comunitárias é absurda. Basta ver que a abrangência do sinal é de apenas dois quilômetros de raio, o que não significa nada, especialmente em se tratando de uma rádio que opera no campo”, sustenta Luiz Henrique.

Ele trabalha atualmente com projetos para instalação de rádios comunitárias na zona rural, principalmente no estado vizinho do Rio Grande do Norte, e mantém a rádio web Quintal na capital da Paraíba, João Pessoa. A rádio funciona como uma espécie de oficina para jovens estudantes de comunicação e espaço para comunicadores alternativos. Atualmente, a Rádio Quintal dá espaço para podcast produzido por alunos da Faculdade Cásper Líbero, uma das instituições de ensino mais tradicionais de São Paulo. Para ele, o grande problema das rádios livres e comunitárias, incluindo as rádios web, é a pobreza de conteúdo e a dominação desses espaços por pastores de igrejas neopentecostais e grupos dominantes na política local. “Nossa luta é para recuperar as rádios tomadas por esses esquemas. Temos mais de duas mil rádios comunitárias entregues em mãos erradas, e se não tiver resistência, o governo vai tomar quase todas as concessões de responsabilidade de entidades democráticas e entregar aos seus seguidores", declarou. “Nosso propósito é resistir e avançar, sem esperar por nova legislação que estabeleça critérios mais democráticos para essas rádios populares”, finalizou Luiz Henrique Parahyba.

sexta-feira, 11 de junho de 2021

Artista itabaianense concede entrevista no “Alô comunidade” deste sábado (12)

 

O maestro e professor Carlos Santorelli concedeu entrevista remota ao repórter Fábio Mozart, falando sobre seu trabalho. A entrevista será veiculada neste sábado (12), no programa “Alô comunidade”, transmitido pela Rádio Tabajara AM de João Pessoa, Paraíba.

Carlos Santorelli é cantor, compositor, maestro arranjador, regente e advogado, mestre em filosofia e professor universitário atuante em São Paulo, onde é radicado. Entre suas canções, está uma baseada em poesia de Fábio Mozart, que o programa lançará em primeira mão.

Na mesma edição do “Alô comunidade”, os apresentadores Marcos Fernandes e Bento Júnior conversam com os professores Raniery Abrantes e Aninha Venâncio sobre poesia e romantismo, no dia dos namorados.

O programa tem início às 11 horas. A Rádio Tabajara da Paraíba AM atua na frequência 1.110 kHz. Pela internet: https://radiotabajara.pb.gov.br/radio-ao-vivo

 

 

 

quinta-feira, 10 de junho de 2021

Comunicador denuncia fiscalização paralela em rádios comunitárias

 


O radialista comunitário Jerry de Oliveira (foto), da Rádio Comunitária Noroeste, de Campinas, São Paulo, denunciou sistema de fiscalização paralela nas rádios comunitárias efetuada por grupo de trabalho constituído pela Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abert) em Santa Catarina. Os “fiscais” privados estão indo até às rádios comunitárias para inspecionar e investigar as atividades das emissoras populares. Para Jerry, trata-se de ‘modelo bolsonarista’ de entregar o Ministério das Comunicações e as políticas de comunicação ao setor privado. “Totalmente fora da lei, as emissoras comerciais inclusive possuem um veículo de rastreamento de sinais”, revelou Jerry.

O radialista de Campinas acentua ainda que as entidades nacionais representantes das rádios comunitárias “preferem o recuo nas lutas e a institucionalização, achando que tudo se resolve com diálogo com o Governo. Agora, com Bolsonaro, as mídias comerciais estão no ataque e o discurso moderado das entidades de representação não é ouvido no Congresso, no Governo e tampouco nas bases das rádios comunitárias”, destacou.


quarta-feira, 2 de junho de 2021

Músico itabaianense morre de Covid e prefeito lamenta


O músico Severino Teófilo de Oliveira, conhecido por Marreta, faleceu na madrugada desta quarta-feira (2) em Itabaiana, vítima de Covid 19. Ele estava hospitalizado há alguns dias. Em nota de pesar, o prefeito Lúcio Flávio lembrou sua ligação profissional com Marreta, que foi servidor do Hospital São Vicente de Paulo. “É com tristeza que o recebo a notícia do falecimento deMarreta, externo o meu mais profundo sentimento de pesar para toda família, pela perda irreparável. Tive a oportunidade de conviver com Marreta, trabalhamos juntos por muitos anos no Hospital São Vicente de Paulo, muito competente e comprometido com seu trabalho, trabalhava de domingo a domingo, era o único técnico em Raio X da época”, lembrou Lúcio Flávio.

Marreta era trombonista, atuou na banda Euterpina de Itabaiana por muito tempo, até a extinção daquela filarmônica. Com apaga-se uma parte da história da cultura musical da terra de Sivuca.