No Dia Internacional de Luta pela Saúde
da Mulher e Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna (30/5), a Secretaria
de Estado da Saúde promoveu uma reunião com os secretários de saúde e gestores
dos serviços dos 44 municípios onde houve registro de mortalidade materna em
2016 e 2017. O encontro ocorreu no auditório do Conselho Regional de
Odontologia (CRO), em João Pessoa. A atividade integra o Plano de Enfrentamento
da Mortalidade Materna no Estado que tem como objetivo melhorar a assistência à
mulher, com suporte técnico, monitoramento e articulação com os gestores
municipais de saúde. As secretárias de Estado Cláudia Veras (Saúde) e Gilberta
Soares (Mulher e Diversidade Humana) participaram da reunião.
“A
reunião foi uma estratégia para compartilhar dados e preocupações. O Plano veio
para organizar e dar visibilidade às várias ações que já existem. Mas, diante
do número constante de mortes maternas, temos que unir forças e investir nossas
energias porque esta é uma responsabilidade de todos”, disse Cláudia Veras.
“Precisamos
nos unir e encarar a mortalidade materna como um problema sério que precisa ser
enfrentado. Tomemos isso como um dever de casa”, sugeriu Gilberta Soares.
A
presidente do Conselho de Secretarias Municipais da Paraíba (Cosems), Soraia
Galdino, elogiou a iniciativa do Governo do Estado. “Este problema nos aflige e
precisamos dar as mãos e encontrar soluções”, ponderou.
O
presidente do Comitê Estadual de Redução da Morte Materna, Eduardo Sérgio,
falou que a assistência à gestante acontece em três momentos: pré-natal; parto
e puerpério (pós-parto). “Se a mortalidade está alta, precisamos rever a
assistência, nas três situações, percebendo onde estão as falhas; observando as
práticas e toda a rede de cuidado com a mulher”, declarou.
Durante
o encontro, foi discutido o cenário da atenção à saúde obstétrica na Paraíba;
apresentado o perfil da mortalidade materna; além de ser realizado um debate
com os gestores sobre pactuações referentes ao atendimento em obstetrícia e
apresentados dados da Atenção Básica.
O Plano - Neste ano, até o momento, já foram
registrados 17 óbitos. No mesmo período do ano passado, foram 26 mortes. Mesmo
que tenha ocorrido a redução, os dados continuam sendo preocupantes.
Dentro
do Plano, estão previstos cursos sobre pré-natal, parto e puerpério para
profissionais e gestores da Atenção Básica; inclusão do atendimento às
gestantes na Caravana do Coração; visitas técnicas às maternidades; cursos
sobre urgências obstetrícias para profissionais do Samu, entre outras
atividades.
Ainda
constam no Plano, a inserção dos profissionais do Programa Mais Médicos nas
atividades de formações para os médicos e equipes vinculadas; acolhimento com
Classificação de Risco Obstétrico nas maternidades da gestão estadual;
implantação do colegiado de maternidades; realização dos Fóruns Perinatais nas
Macrorregiões de Saúde e do Fórum ampliado sobre Saúde das Mulheres.
Outras
ações devem ser incluídas, de acordo com as demandas, para garantir maior
qualidade na atenção à saúde das mulheres, no que se refere, principalmente, ao
parto e nascimento.
Rede Cegonha – As propostas foram detalhadas a partir
dos componentes da Rede Cegonha, com o propósito de alinhar o plano com as
diretrizes dispostas em âmbitos nacional, estadual e regional.
Caravana do Coração – Outro item que está no Plano de
Enfrentamento da Mortalidade Materna na Paraíba é a inclusão do atendimento às
gestantes pela equipe da Caravana do Coração. A quinta edição da Caravana
acontece no período de 26 de junho a 8 de julho, em 13 municípios-sede que
abrangem todo estado.
Além
das crianças com cardiopatias congênitas e microcefalia, será ampliado o
atendimento para captar 250 gestantes, em cada município por onde vai passar a
Caravana (Cajazeiras, Sousa, Catolé do Rocha, Pombal, Patos, Itaporanga,
Princesa Isabel, Monteiro, Campina Grande, Picuí, Guarabira, Itabaiana,
Mamanguape).
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