A
Escola Estadual Renato Ribeiro Coutinho, em Alhandra, está usando recursos
tecnológicos para dar continuidade ao processo de aprendizagem através do
Ensino à Distância (EAD), baseado na interatividade, dinamismo e inovação, para
superar a ausência dos alunos em sala de aula motivada pela pandemia do COVID
19. A escola trabalha o processos de aprendizagem também com o estudo da literatura de cordel. Um dos
folhetos estudados no espaço da sala de aula virtual foi ““Xarope de cloroquina
serve até pra febre do rato”, autoria de Fábio Mozart e Cristine Nobre,
publicado em plataformas de leitura na internet. O cordel “tira a terreiro” as
políticas públicas de saúde implementadas no Brasil atualmente, em plena
pandemia do novo coronavírus. O dito folheto se insere na linha “gracejo”,
cordéis voltados para o lado do riso. Esta modalidade de folheto trata do humor
simples do povo nordestino, irreverente e repleto de duplo sentido.
Fábio
Mozart e Cristine Nobre são membros efetivos da Academia de Cordel do Vale do
Paraíba, autores de dezenas de folhetos. A odontóloga e cordelista Cristine
Nobre, de Pirpirituba, já pratica atividades didático-pedagógicas na promoção
da saúde bucal através dos folhetos. Na Academia, diversos poetas professores atuam
em suas escolas como agentes disseminadores da cultura popular mais autêntica,
levando o alunado a conhecer suas próprias raízes e valorizando as vocações e
talentos dos jovens. Tem muito colegial escrevendo e lendo literatura de cordel
nas escolas graças a mestres como Pádua Gorrion, de Itatuba, Raniery Abrantes e
Annecy Venâncio, Manoel Belizário, Jota Lima da UEPB, Francisco Diniz em Santa
Rita, Antonio Marcos Monteiro de Itabaiana, Claudete Gomes e Bento Júnior de
João Pessoa, entre tantos outros.
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