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terça-feira, 26 de maio de 2020

Escola pública utiliza cordel para trabalhar com alunos no EAD

A Escola Estadual Renato Ribeiro Coutinho, em Alhandra, está usando recursos tecnológicos para dar continuidade ao processo de aprendizagem através do Ensino à Distância (EAD), baseado na interatividade, dinamismo e inovação, para superar a ausência dos alunos em sala de aula motivada pela pandemia do COVID 19. A escola trabalha o processos de aprendizagem também com o estudo da literatura de cordel. Um dos folhetos estudados no espaço da sala de aula virtual foi ““Xarope de cloroquina serve até pra febre do rato”, autoria de Fábio Mozart e Cristine Nobre, publicado em plataformas de leitura na internet. O cordel “tira a terreiro” as políticas públicas de saúde implementadas no Brasil atualmente, em plena pandemia do novo coronavírus. O dito folheto se insere na linha “gracejo”, cordéis voltados para o lado do riso. Esta modalidade de folheto trata do humor simples do povo nordestino, irreverente e repleto de duplo sentido.
Fábio Mozart e Cristine Nobre são membros efetivos da Academia de Cordel do Vale do Paraíba, autores de dezenas de folhetos. A odontóloga e cordelista Cristine Nobre, de Pirpirituba, já pratica atividades didático-pedagógicas na promoção da saúde bucal através dos folhetos. Na Academia, diversos poetas professores atuam em suas escolas como agentes disseminadores da cultura popular mais autêntica, levando o alunado a conhecer suas próprias raízes e valorizando as vocações e talentos dos jovens. Tem muito colegial escrevendo e lendo literatura de cordel nas escolas graças a mestres como Pádua Gorrion, de Itatuba, Raniery Abrantes e Annecy Venâncio, Manoel Belizário, Jota Lima da UEPB, Francisco Diniz em Santa Rita, Antonio Marcos Monteiro de Itabaiana, Claudete Gomes e Bento Júnior de João Pessoa, entre tantos outros.

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