A Academia de Cordel do Vale do Paraíba está expondo
cordéis dos seus associados em estande montado no 31º Salão do Artesanato
Paraibano na Avenida Cabo Branco, 2260, na orla de João Pessoa. O evento atrai
milhares de turistas de 15 às 22 horas até o dia 2 de fevereiro. O linguajar
regionalizado e informal dos folhetos dos poetas cordelistas tem sido bem
consumido pelos visitantes.
O guia turístico Jamar Diniz comprou uma camiseta do
projeto “Cordel na Rádio Comunitária”, da Academia de Cordel, e ficou entusiasmado
com o trabalho em exposição. “Vou anotar os contatos desses poetas para
repassar seus folhetos aos turistas depois deste Salão de Artesanato, no meu
trabalho diário de divulgar a cultura paraibana”, garantiu.
Carla (foto) veio de Brasília para conhecer João Pessoa e
comprou o último exemplar da primeira edição do folheto “Chico Veneno, o homem
que intoxicou a burguesia”, de autoria de Fábio Mozart, um dos poetas presentes
no estande. “Vendemos todos os exemplares, mas, o que mais importa não é a
venda e sim a divulgação do cordel para os visitantes de outras regiões do
país”, afirmou.
O poeta cordelista é chamado de poeta de bancada. Ele
pensa, senta e escreve seus poemas. No estande da Academia de Cordel do Vale do
Paraíba trabalha o poeta Geraldo Arupemba vendendo seus livros. No meio do
trabalho os poetas trocam informações e imaginam futuros folhetos. “Eu e
Geraldo decidimos produzir um folheto em parceria que vai ter o título de
‘Confissões dos meus crimes quando eu era vivo”, uma versão cordelesca do ‘Memórias
Póstumas de Brás Cubas”, disse Fábio Mozart.
Cristine Nobre é poeta da Academia e também faz turno na
exposição para vender folhetos dos confrades e confreiras da Academia. “Fico
feliz por estar no meio de poetas e poder divulgar nossos folhetos”, disse ela.
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