Com a decisão
milhares de médicos cubanos que trabalham no Brasil dentro do programa deverão
retornar à ilha. (Foto: Arquivo)
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Com o anúncio feito pelo governo de Cuba nesta quarta-feira (14), de que vai se retirar do programa Mais Médicos em repúdio às declarações feitas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, a Paraíba pode perder um quadro de 134 profissionais que são responsáveis pelos atendimentos em mais de 70 municípios.
No total
são 340 profissionais do programa atuando no estado, segundo a Secretaria de
Estado de Saúde. Desses, 134 são cubanos. Os atendimentos são
diversos e direcionados principalmente para a atenção básica.
Entre os
municípios que serão mais afetados estão: Santa Rita, João Pessoa, Campina
Grande, Conde, Sousa, Sumé, Barra de São Miguel, Bayeux, Belém do Brejo do
Cruz, Cuité, Guarabira, Monteiro, Nova Palmeira, Santa Cruz, Alagoinha,
Cajazeiras, Congo, Cuité, Ingá, Mulungu e Pilões. entre outros.
No
comunicado feito pelo governo cubano ao governo brasileiro, a decisão da
retirada foi motivada após uma série de comentários que diminuía a
importância da participação dos médicos cubanos no programa. Ao
justificar sua saída do Mais Médicos, Cuba disse que a equipe de Bolsonaro pôs
em questão a preparação dos médicos cubanos, condicionou a permanência deles à
validação do diploma e colocou como única via a contratação individual.
"Não
é aceitável que se questione a dignidade, profissionalismo e altruísmo dos
colaboradores cubanos", diz a nota. "Os povos da Nossa América e
do resto do mundo sabem que sempre poderão contar com a vocação humanista e
solidária dos nossos profissionais."
O
programa foi criado em 2013, pelo governo de Dilma com o objetivo
de suprir a carência de médicos em locais mais vulneráveis do país.
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