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quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Ingá é um dos municípios mais afetados pela retirada de médicos cubanos



Com a decisão milhares de médicos cubanos que trabalham no Brasil dentro do programa deverão retornar à ilha. (Foto: Arquivo)


Com o anúncio feito pelo governo de Cuba nesta quarta-feira (14), de que vai se retirar do programa Mais Médicos em repúdio às declarações feitas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, a Paraíba pode perder um quadro de 134 profissionais que são responsáveis pelos atendimentos em mais de 70 municípios. 
No total são 340 profissionais do programa atuando no estado, segundo a Secretaria de Estado de Saúde. Desses, 134 são cubanos. Os atendimentos são diversos e direcionados principalmente para a atenção básica.
Entre os municípios que serão mais afetados estão: Santa Rita, João Pessoa, Campina Grande, Conde, Sousa, Sumé, Barra de São Miguel, Bayeux, Belém do Brejo do Cruz, Cuité, Guarabira, Monteiro, Nova Palmeira, Santa Cruz, Alagoinha, Cajazeiras, Congo, Cuité, Ingá, Mulungu e Pilões. entre outros. 
No comunicado feito pelo governo cubano ao governo brasileiro, a decisão da retirada foi motivada após uma série de comentários que diminuía a importância da participação dos médicos cubanos no programa.  Ao justificar sua saída do Mais Médicos, Cuba disse que a equipe de Bolsonaro pôs em questão a preparação dos médicos cubanos, condicionou a permanência deles à validação do diploma e colocou como única via a contratação individual.
"Não é aceitável que se questione a dignidade, profissionalismo e altruísmo dos colaboradores cubanos", diz a nota. "Os povos da Nossa América e do resto do mundo sabem que sempre poderão contar com a vocação humanista e solidária dos nossos profissionais."
O programa foi criado em 2013, pelo governo de Dilma com o objetivo de suprir a carência de médicos em locais mais vulneráveis do país. 


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