A Paraíba está
abaixo da meta de cobertura de vacinação contra a poliomielite. Desde o início
do ano, o estado vacinou 69% da população alvo, quase 30% a menos do que é
recomendado pelo Ministério da Saúde. As cidades de Mogeiro, Marizópolis, Santa
Helena e São José de Princesa vacinaram menos de 50% do público alvo da imunização
e correm o risco de ter surto da doença. De acordo com a Secretaria
Estadual de Saúde, existe um planejamento para que a meta seja atingida.
Segundo o Ministério
da Saúde, atualmente existem 312 municípios brasileiros com cobertura abaixo de
50%. Para os estados que estão abaixo do ideal, a pasta tem orientado os
gestores locais que organizem suas redes, inclusive readequando aos horários
mais compatíveis com a rotina da população e reforçar as parcerias com creches
e escolas.
O órgão
estabelece como meta 95% de cobertura para a vacina contra a doença que é
calculada considerando a última dose do esquema vacinal.
Lei Estadual
Uma lei de
autoria do deputado Jutay Meneses (PRB) e sancionada pelo governador Ricardo
Coutinho (PSB) obriga os pais de crianças em idade escolar a apresentarem o
cartão de vacinação dos filhos no ato da matrícula em escolas da educação
infantil na Paraíba.
De acordo com o
texto, caso o documento não seja apresentado ou se observe a falta de alguma
das vacinas obrigatórias, a situação deve ser regularizada em 30 dias, sob pena
de comunicação ao Conselho Tutelar.
Doença
Causada por um
vírus que vive no intestino, a poliomelite geralmente atinge crianças com menos
de 4 anos, podendo também contaminar adultos. A transmissão ocorre de uma
pessoa para outra por meio de saliva, fezes, assim como água e alimentos
contaminados.
A maior parte das
infecções apresenta sintomas como febre, dor de garganta, náusea, vômito e
prisão de ventre. No entanto, cerca de 1% dos infectados pode desenvolver a
forma paralítica, que pode causar sequelas permanentes, insuficiência
respiratória e, em alguns casos, levar à morte.
A poliomielite
não tem tratamento específico. Por isso, deve ser prevenida por meio da
vacinação aplicada em postos da rede pública de saúde. Todos os pais e
responsáveis devem manter as cadernetas de vacinação atualizadas, em especial
para as crianças menores de cinco anos.
A vacina contra a
poliomielite oral trivalente deve ser administrada aos 2, 4 e 6 meses de vida.
O primeiro reforço é feito aos 15 meses e o outro entre 4 e 6 anos de idade.
Neste ano, todas as crianças devem comparecer a Campanha Nacional de
Vacinação contra a Poliomielite, que acontecerá no período de 6 a 31 de agosto.
O Brasil está
livre da poliomielite desde 1990. Em 1994, o país recebeu da Organização
Pan-Americana da Saúde (Opas), a certificação de área livre de circulação.
Juliana Cavalcanti –
MaisPB
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