O
município de São José dos Ramos tem 93,9% de sua população ativa com emprego na
Prefeitura, ou seja, menos de 10% dos trabalhadores formais se ocupam em outros
segmentos. O município não tem arrecadação própria e depende de recursos
estaduais e federais, segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio
(Firjan). Nesse município, incapaz de suprir as despesas com funcionalismo
através de receita própria, o limite legal para gastos com pessoal foi
ultrapassado.
De
acordo com Jonathas Goulart, coordenador do estudo, os municípios que se
encontram nesta situação apresentam um grande número de informalidade. “As
pessoas que não estão empregadas na prefeitura, como no caso de São José dos
Ramos, trabalham na informalidade, o que impede os municípios de se
desenvolverem, já que não existe arrecadação de impostos”. Para ele, os
municípios onde os trabalhadores, em sua maioria, são bancados pela prefeitura,
não possuem incentivos para a geração de atividades econômicas. Com isso,
deixam de se desenvolver e estimulam a atividade informal, já que toda renda
gera em torno da administração pública. Como vivem de recursos do Governo, as “cidades
públicas” se tornam dependentes.
Com Correio da Paraíba
Nenhum comentário:
Postar um comentário