Ex-governador Ricardo Coutinho encontra o mamulengueiro Miro
do Babau na cidade de Mari, na porta da Rádio Comunitária Araçá. Em tempo de
campanha política, os governantes abraçam os que produzem sonhos e
fantasias.
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Artistas
paraibanos têm cobrado maior empenho dos gestores públicos para a categoria que
se encontra atualmente em estado de carência e privação diante do novo
coronavírus. O produtor cultural Alexandre Santos lamentou nas redes sociais o
fato de que “o orçamento da Secretaria de Cultura está minguado e a pasta se
encontra sem planejamento”. Segundo a Federação das Indústrias do Rio de
Janeiro (Firjan), a Paraíba tem 8,41% da sua população empregada na Economia Criativa,
o que equivalente a quase 335 mil paraibanos e paraibanas. Nesse mesmo estudo,
aponta-se que somos o 7° estado com mais pessoas empregada no setor cultural.
“Na contramão deste dado, somos o 24° em remuneração. Ou seja, temos muita
gente trabalhando com cultura, mas todos mal remunerados. Somos um setor que
gera riqueza, trabalho e renda, um setor que paga imposto e que movimenta uma
economia significativa na Paraíba, no Brasil e no mundo. Por que tanto desprezo
por parte gestores paraibanos?”, indaga Alexandre.
A falta
de ações públicas que prestem assistência à categoria de artistas do estado
também é preocupação dos poetas cordelistas. O poeta e professor Manoel
Belisario afirmou que o Estado não valoriza a produção cultural paraibana. “O
cordel faz parte do patrimônio artístico nacional e nossa arte não é
reconhecida”, lamenta ele. Outro poeta
popular, Marconi Araújo, da Academia de Cordel do Vale do Paraíba e membro do
Conselho Estadual de Cultura, também reconhece que “o investimento em cultura deixa
muito a desejar e na Paraíba, apesar de algumas ações pontuais, essa realidade
merece ser transformada”. Para ele, o
Consórcio Nordeste, que já envolve voluntários da produção artística e cultural
na discussão de iniciativas para a cultura e o turismo busca sensibilizar os
governadores do Nordeste na adoção de medidas que estimulem o setor, “ainda
mais agora que se enfrenta essa grave crise sanitária”.
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