O Movimento Democrático Brasileiro lançou Verônica
Maria, mais conhecida como Dona Vera (MDB-15.963), mãe do ex-prefeito Antonio
Carlos Melo Júnior, e uma amiga da família, Maria Valcelia (MDB-15.488), como
candidatas a deputada estadual na cidade de Itabaiana nas eleições de 2018. As
duas candidaturas, segundo observadores locais, têm o perfil de que foram
inscritas pelo partido, mas não são candidatas de verdade, já que o próprio
Antonio Carlos Melo Júnior apoia o candidato Felipe Leitão, do Patriotas. As
candidaturas dessas mulheres seriam para cumprir a cota feminina, que garante
às candidatas 30% do Fundo Eleitoral. “É
abuso de poder de lideranças oligárquicas. Gente que não acredita na igualdade
da mulher na política”, diz o procurador Luiz Carlos dos Santos Gonçalves,
sobre candidaturas-laranja.
O Ministério Público Eleitoral
está acompanhando as candidaturas de mulheres durante o período de campanha. A
proposta é fazer comparação de doações e movimento de campanha. Se não constar qualquer doação à
campanha da candidata, nem haver panfletos ou participação nas mídias sociais
são indícios de uma candidatura fantasma. Neste caso, o MP pode notificar o
partido, conversar com a candidata e instaurar um procedimento de
acompanhamento do caso.
Apesar de
a intenção da lei de cotas ser a ampliação da representatividade da mulher na política,
na prática, ela tem sido violada pelas legendas. "Infelizmente, o que a
gente observa em muitos casos é que a mulher empresta o nome para compor a
chapa do partido, mas desde o início não faz campanha nenhuma. Não é que ela
não teve apoiamentos, não teve votos porque os eleitores a consideraram uma má
candidata. É porque ela não foi atrás dos eleitores", afirma o procurador.
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