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quinta-feira, 29 de maio de 2025

Documentário da Sociedade Zé da Luz sobre folclore do agreste paraibano tem exibição programada na Semana José Lins do Rego

 

Nair e seu Boi de Ouro

O curta “Boi de Menino” será exibido como filme convidado no dia 7 de junho, às 19h30 na Praça José Lins do Rego em Pilar, durante a XXV Semana Cultural José Lins do Rego, promovido pela Secretaria de Cultura do Município, que tem à frente o poeta Evanio Teixeira.

O filme aborda o “boi de carnaval”, manifestação cultural ainda muito forte na região de Itabaiana, com ênfase no “Boi de Ouro”, agremiação tradicional do carnaval de Pilar organizada por Nair, que foi uma brincante pioneira nessa dança teatralizada do boi, responsável pela forte tradição do folguedo ainda nos dias atuais. Na exibição do filme, estarão a filha e a neta de Nair, herdeiras do folguedo.

“Boi de menino” tem produção de Jandira Lucena, direção de Marcos Veloso, câmera de Jacinto Moreno, roteiro e música de Fábio Mozart, integrantes do núcleo de audiovisual da Sociedade Cultural Poeta Zé da Luz. O curta faz referência ainda a um festival de bois ocorrido em Itabaiana em 2013 através do Projeto Cavalo Marinho do Mestre Ciço, proposto por Jandira Lucena, e teve patrocínio do FIC - Fundo de Incentivo à Cultura Augusto dos Anjos. Secult/PB.

Na ocasião, o Secretário de Cultura de Pilar, Evanio Teixeira, receberá diploma de sócio da Sociedade Zé da Luz por meio do Presidente Sérgio Ricardo Santos.

 

sexta-feira, 23 de maio de 2025

Projeto pretende levar poesia às estações de trem no brejo

 


O ativista cultural Assis Firmino, de Mari, é Presidente da Associação Poeta Manoel Xudu e está promovendo um projeto cultural para circular em Mari, Guarabira e Duas Estradas. Trata-se do projeto Repente na Linha, que pretende levar grandes poetas repentistas para fazer cantorias nas estações ferroviárias de Mari, Guarabira e Duas Estradas, estações que foram conservadas e onde acontecem atividades culturais.

O projeto Repente na Linha tem a coordenação da ativista cultural Juliana, de Lagoa de Dentro, e depende de aprovação no Edital ICMS Cultural, do governo do Estado da Paraíba.


Grandes poetas cantadores como Ivanildo Vila Nova e Raimundo Caetano já garantiram participação. A ideia surgiu a partir da vontade de trazer para as cidades onde existem prédios da antiga rede ferroviária um sarau com poetas repentistas, como incentivo para os moradores desfrutarem da cultura da Paraíba e preservar essa rica expressão cultural que é a cantoria de viola.

Reconhecido pelo trabalho na difusão artística do município, Assis Firmino apoia, promove e defende a cantoria, especialmente a cantoria popular, como a viola de dez cordas, o repente e outras formas de expressão musical tradicional.

“Sou um defensor apaixonado, um entusiasta que contribui para a manutenção e valorização dessas manifestações culturais e para isso fundei a Associação Cultural Manoel Xudu, em homenagem ao grande poeta de São José dos Ramos”, disse Assis Firmino de Mari. 

A cantoria de viola nordestina é um espetáculo em que dois poetas se enfrentam improvisando versos ao som da viola, dentro de formas poéticas tradicionais e obrigatórias, de acordo com sua própria inspiração e com os pedidos da plateia.

 

quinta-feira, 22 de maio de 2025

Artistas de Solânea ensinam arte da declamação em Sapé



O poeta e declamador Chicco Mello e o escritor Justin Hilton, da Academia Solanense de Letras, realizaram oficina sobre a arte de escrever e declamar poesias, no dia 22 de maio, no Lar Fabiano de Cristo, em Sapé.

A oficina tem a proposta de criar o ambiente para estimular a imaginação poética e propiciar a prática da escrita para aqueles que desejam desenvolver a arte de escrever e declamar poesia. Mais de trinta adolescentes da Organização Não Governamental Fabiano de Cristo participaram do encontro.

"Cada palavra, cada verso do poema deve ser declamado com a entonação de voz que a valorize e transmita a emoção do poeta", ensina Chicco, autor do livro “Versos plurais”. Os rapazes e moças que participaram da ação ficaram bastante entusiasmados, e foram convidados para participar da Feira Literária de Solânea que será realizada em setembro, promoção da Academia Solanense de Letras. 

sexta-feira, 16 de maio de 2025

Ator é nomeado coordenador do grupo de teatro da Sociedade Zé da Luz

 

Wagner Lins

O presidente Sérgio Ricardo Santos nomeou o ator Wagner Lins para o cargo de coordenador do Grupo Experimental de Teatro de Itabaiana (GETI), que terá a missão de aglutinar os artistas da cidade em torno de projetos ligados às artes cênicas.

Wagner Lins é escritor, poeta, declamador, ator, DragQueen, cantor, compositor, ativista cultural, ativista dos direitos LGBT e estudante de letras pela Universidade Federal da Paraíba.

No próximo ano, a Sociedade Cultural Poeta Zé da Luz comemora 50 anos de fundação e planeja realizar diversas atividades para comemorar esta importante data. Para marcar o cinquentenário, a entidade está reativando seu conjunto cênico, o Grupo Experimental de Teatro de Itabaiana, GETI.

O jubileu de ouro desse grupo teatral, da Sociedade Zé da Luz, será comemorado com uma montagem teatral e o lançamento de curta metragem contando a história do grupo. 

 

quinta-feira, 15 de maio de 2025

Maestro itabaianense lança livro sobre teoria musical

 


O maestro Carlos Santorelli lançou o livro “Teoria geral da música”, pela Editora Annablumme, de São Paulo. A obra apresenta uma análise detalhada dos elementos interpretativos e expressivos da música, que vai ajudar muito ao alunato das artes musicais no esclarecimento de muitos enigmas da teoria musical, segundo o autor.


Carlos Santorelli é natural de Itabaiana, radicado em São Paulo, sócio correspondente da Sociedade Cultural Poeta Zé da Luz. Ele é cantor, compositor, maestro arranjador e regente, advogado, mestre em filosofia e professor universitário atuante em São Paulo.

Santorelli tem centenas de músicas gravadas com os mais laureados artistas brasileiros, com vários discos gravados pela Copacabana, Fermata, Rede Brasil de Discos, Grüezi, Risom, Rga, dentre outras.


domingo, 4 de maio de 2025

Censura velada?

 


Coluna de Fábio Mozart é vetada em grupo de WhatsApp

Por Editorial – Um episódio envolvendo a tradicional coluna “Tijolinhos do Mozart”, do escritor e jornalista Fábio Mozart, reacendeu o debate sobre liberdade de expressão e diversidade de linguagem nos meios culturais. Membro da Academia Sapeense de Letras e Artes (ASLA), Mozart foi surpreendido com uma restrição imposta à sua participação no grupo de WhatsApp da entidade, onde costumava divulgar seus textos diários de forma informal, bem-humorada e crítica.

Segundo o próprio autor, a presidente da ASLA, Ana Maria Almeida, pediu que os textos deixassem de ser compartilhados no grupo da instituição, sob a justificativa de que “o grupo tem como objetivo divulgar o que é relevante na área da literatura e cultura”, insinuando que a coluna não se enquadraria nesses critérios. A decisão, embora não tenha caráter institucional formal, gerou incômodo entre associados, levantando questionamentos sobre os limites da curadoria editorial em espaços coletivos e sobre o respeito à pluralidade de estilos literários.

Mozart, que também é autor do livro “Biu Pacatuba, um herói do nosso tempo”, lançado em maio de 2013 na Câmara de Vereadores de Sapé, destacou que se sentiu cerceado em seu direito de compartilhar conteúdo com caráter informativo e cultural. “Trata-se de restrições à liberdade de expressão, no meu humilde ponto de vista”, afirmou, ressaltando que seus textos não ferem princípios morais e buscam apenas dialogar com o público através de uma linguagem acessível e espirituosa.

Apesar da crítica por parte da presidência da ASLA, a coluna continua recebendo apoio e reconhecimento de outros membros da comunidade literária. A escritora Adriana, também sócia da Academia, manifestou-se no próprio grupo, elogiando a proposta da coluna: “Essa formatação de apresentação de fatos diversos, com humor, inteligência, dinâmica, que prende a atenção pela importância das informações é fantástica. Parabéns ao TIJOLINHOS DO MOZART.”

Atualmente, os “Tijolinhos” seguem sendo publicados regularmente no blog Toca do Leão e continuam a circular sem restrições no grupo da Academia Solanense de Letras, onde, segundo o autor, são bem acolhidos. “Cada um tem sua forma de perceber, interpretar e se relacionar com o mundo. Vida que segue”, conclui Mozart, com a serenidade de quem sabe que cultura também se faz com irreverência, crítica e liberdade.

A situação levanta uma reflexão pertinente: até que ponto entidades culturais devem regular o que é ou não apropriado em seus canais de comunicação? E, mais importante, quem define o que é cultura relevante?

A liberdade de expressão é um dos pilares da criação artística — e sua restrição, ainda que disfarçada de curadoria, merece sempre ser questionada.

Texto de Sérgio Ricardo Santos

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