segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Literatura de Cordel atrai turistas no Salão do Artesanato Paraibano


A Academia de Cordel do Vale do Paraíba está expondo cordéis dos seus associados em estande montado no 31º Salão do Artesanato Paraibano na Avenida Cabo Branco, 2260, na orla de João Pessoa. O evento atrai milhares de turistas de 15 às 22 horas até o dia 2 de fevereiro. O linguajar regionalizado e informal dos folhetos dos poetas cordelistas tem sido bem consumido pelos visitantes.

O guia turístico Jamar Diniz comprou uma camiseta do projeto “Cordel na Rádio Comunitária”, da Academia de Cordel, e ficou entusiasmado com o trabalho em exposição. “Vou anotar os contatos desses poetas para repassar seus folhetos aos turistas depois deste Salão de Artesanato, no meu trabalho diário de divulgar a cultura paraibana”, garantiu.

Carla (foto) veio de Brasília para conhecer João Pessoa e comprou o último exemplar da primeira edição do folheto “Chico Veneno, o homem que intoxicou a burguesia”, de autoria de Fábio Mozart, um dos poetas presentes no estande. “Vendemos todos os exemplares, mas, o que mais importa não é a venda e sim a divulgação do cordel para os visitantes de outras regiões do país”, afirmou.

O poeta cordelista é chamado de poeta de bancada. Ele pensa, senta e escreve seus poemas. No estande da Academia de Cordel do Vale do Paraíba trabalha o poeta Geraldo Arupemba vendendo seus livros. No meio do trabalho os poetas trocam informações e imaginam futuros folhetos. “Eu e Geraldo decidimos produzir um folheto em parceria que vai ter o título de ‘Confissões dos meus crimes quando eu era vivo”, uma versão cordelesca do ‘Memórias Póstumas de Brás Cubas”, disse Fábio Mozart.

Cristine Nobre é poeta da Academia e também faz turno na exposição para vender folhetos dos confrades e confreiras da Academia. “Fico feliz por estar no meio de poetas e poder divulgar nossos folhetos”, disse ela.


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