Vereadora critica lei orçamentária e propõe orçamento participativo
Por determinação da Constituição Federal de 1988, o executivo
deve definir cada ano suas metas e prioridades para o exercício financeiro
subsequente, e o faz por meio da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Essa lei determina os parâmetros que devem ser observados na
elaboração da Lei Orçamentária Anual, definindo também as regras sobre mudanças
nas leis de impostos, finanças e pessoal.
“A Lei de Diretrizes Orçamentárias orienta a prefeitura a
atender as necessidades da cidade e nós deveríamos ouvir a opinião das pessoas,
que são verdadeiramente quem sabe as reais necessidades do Município”, afirma a
vereadora Rosane Almeida, a qual contesta a forma como foi aprovada a atual LDO
de Itabaiana. Para ela, “constituem verdadeiras aberrações administrativas os
recursos destinados ao Gabinete do Prefeito no montante de mais de um milhão de
reais, enquanto que para a Vigilância Sanitária, por exemplo, a dotação é de
apenas vinte e cinco mil reais”. Rosane defende que sejam realizadas audiências
públicas para debater a LDO e que a população seja informada sobre essa
legislação, podendo intervir e propor metas dentro da realidade e necessidades
do Município.
O fato do orçamento não ter caráter impositivo e, consequentemente,
não ser cumprido à risca, é uma ficção porque o Poder Legislativo vota e o
Poder Executivo pode fazer da maneira que quiser. Desta forma, pode selecionar,
entre as obras previstas, quais serão executadas, dentre outros exemplos que
apontam a "escolha" do governo, como e a quem destinar as subvenções
sociais. “O Orçamento Participativo é o avanço que se deseja ter em uma cidade
que tenha uma gestão responsável, pois permite que toda a população participe
das decisões de como gastar os recursos públicos”, disse Rosane, informando
ainda que pretende apresentar projeto neste sentido na Câmara.
“Participar do processo orçamentário é uma das melhores
formas de exercer a cidadania, porque se pode exercê-la de forma coletiva,
discutindo os problemas e definido que propostas são mais importantes para o
conjunto da sociedade”, concluiu a parlamentar.
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