Tribuna do Vale

População de Pilar elogia situação do cemitério local no dia de finados

Bilu administra com zelo o cemitério local

Um cemitério bem cuidado, varrido, relativamente limpo, foi o que a população encontrou em Pilar no último dia 2 de novembro, quando da visitação aos mortos.  O aspecto geral do campo santo na cidade foi objeto de elogios até mesmo na Câmara Municipal, onde alguns vereadores teceram loas ao seu administrador na sessão do dia 4 de novembro.

A reportagem procurou o responsável pela administração do cemitério, o funcionário José Antonio Santos, conhecido por Bilu, que ocupa o cargo há dois anos e tem desempenhado um trabalho merecedor de elogios. Para ele, o cemitério “é nossa segunda casa, pois um dia iremos morar nesse condomínio fechado onde os moradores não reclamam de nada, mas os visitantes estão de olho”, por isso ele disse que procura investir em benfeitorias o que for possível de recursos públicos direcionados ao campo santo. Bilu informou que  já providenciou reformas nos banheiros, ornamentação, pintura da capelinha que há décadas não via uma mão de tinta e criação de um espaço onde as pessoas possam velar pelos seus entes queridos. “Compramos bebedouros e computadores para adequar o cemitério para um bom serviço, com uma estrutura razoável”, disse ele. 

No último dia de finados, o Cemitério de Pilar foi palco de uma missa com o padre Manoel, evento que jamais havia ocorrido naquele local. “Fico agradecido aos coveiros e demais auxiliares pelo empenho, e aos vereadores pelos elogios, mas faço apenas minha obrigação como servidor público”, explica Bilu. Ele garante que, enquanto estiver no cargo, dará o melhor de si para que Pilar disponha de um cemitério digno.

O cemitério de Pilar é um dos poucos na região que mereceu elogios da população no dia de finados. Geralmente os prefeitos não olham para os cemitérios, talvez levando em conta que cemitério não rende votos e que os mortos não falam para reclamar do tratamento que recebem. Uma novela, “O Bem Amado”, de Dias Gomes, satirizou muito bem essa conotação da vida pública brasileira. Embora escrita há décadas, nada mudou: no interior, o cemitério continua sendo um lote ao abandono, com exceções dignas de nota, como é o caso de Pilar.

Reportagem e foto: Evanio Teixeira