A comunidade da Escola Municipal de Ensino
Fundamental (Emef) Nossa Senhora das Graças, que funciona em prédio localizado
ao lado da rodoviária de Itabaiana, tem uma reclamação na ponta da língua: a
falta de água na escola. Reclamam do fedor no banheiro e contam que às vezes a
professora pede para segurar o xixi. “Não é um absurdo?”, indaga uma professora
da escola. O abastecimento de água foi cortado pela Companhia de Águas e
Esgotos da Paraíba, porque a Prefeitura não vinha pagando o consumo.
A reportagem procurou a Secretaria de Educação
do Município para ouvir a versão oficial do fato, mas a titular da pasta não
foi encontrada. “Eu, pessoalmente, não tenho conhecimento desse fato, porém,
acredito na veracidade do mesmo. Quanto à Secretaria de Educação, só estamos
nós, funcionários, trabalhando, porque a Secretária está ausente há um mês”,
disse Telma Lopes, pedagoga.
Além de pleitear diretamente a ação das autoridades
responsáveis pela solução do problema, é possível realizar denúncias aos órgãos
fiscalizadores, como o Ministério Público, Defensoria Pública, PROCON, OAB,
Conselho Tutelar e Conselho Municipal de Direitos das Crianças e Adolescente.
Procurado através das redes sociais, Paulo Rodrigo, membro do Conselho Tutelar
dos Direitos da Criança e do Adolescente, não retornou a mensagem.
O professor Valmir Camilo lamentou a situação vivida pela
educação municipal de Itabaiana, com salários atrasados e escolas abandonadas.
“Não adianta condenarmos o atual prefeito, pois o julgamento dele já foi feito
pelas urnas, mas acho que ele deveria ter mais sensibilidade e humanismo,
porque o bem estar de crianças e adolescentes deveria ser prioridade”, afirmou.
O acesso à água potável em qualidade e quantidade é um
direito humano fundamental e as crianças têm prioridade absoluta na garantia
desses direitos, conforme determina o artigo 227 da Constituição Federal.
Assim, todos os serviços destinados à criança devem ser abastecidos com água em
primeiro lugar.
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