segunda-feira, 8 de agosto de 2016

ITABAIANA

Pré-candidato propõe redução de salário de vereadores na próxima legislatura



A ideia é criar uma lei de iniciativa popular que diminua o salário dos vereadores da cidade de Itabaiana, segundo Fernando Lima, um dos idealizadores. De acordo com ele, seriam necessárias assinaturas de 5% do eleitorado da cidade. Com essa intenção, fizeram circular petição online e cópia impressa, mas que não obteve muita adesão. “O povo de Itabaiana é muito reticente quando se trata de mexer com interesses dos poderosos”, lamenta Renaly Oliveira, componente do grupo de ativistas autores da proposta. Um vereador do Município percebe hoje R$ 4 mil reais para comparecer a quatro sessões mensais, sendo que o período de recesso chega a mais de cinco meses por ano. Conforme o projeto, o teto para o subsídio mensal dos Vereadores para as próximas legislaturas ficaria estabelecido em dois salários mínimos vigentes, nos valores de hoje, somando R$ 1.760,00. O prefeito teria um teto para seus subsídios de dez salários mínimos mensais, o que equivale a R$ 8.800.

A proposta de mudança da Lei Orgânica teria como objetivo, segundos seus idealizadores, a “moralização da função de ocupantes de cargos públicos que fazem disso profissão, transformando as eleições em guerras sujas onde o dinheiro fala mais alto, impedindo que cidadãos realmente interessados em contribuir com as mudanças para o Município possam ocupar tais cargos”, justificam os proponentes da petição. Segundo eles, se aprovado, o projeto traria uma economia substancial aos cofres públicos, recursos que poderiam ser carreados para ações de interesse da população.

Pré-candidato ao cargo de vereador na próxima eleição, Fernando Lima disse que está comprometido com esse projeto e será sua primeira proposição. “Vamos tentar sensibilizar a população para a importância de diminuir os altos salários de prefeitos e vereadores, porque política não é profissão e, se quiserem ter o respeito do povo, devem se tocar que são empregados da comunidade e não patrões”, disse ele, lamentando que a classe política é a única categoria brasileira que aumenta o próprio salário.

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