Pré-candidato propõe redução de
salário de vereadores na próxima legislatura
A
ideia é criar uma lei de iniciativa popular que diminua o salário dos
vereadores da cidade de Itabaiana, segundo Fernando Lima, um dos idealizadores.
De acordo com ele, seriam necessárias assinaturas de 5% do eleitorado da
cidade. Com essa intenção, fizeram circular petição online e cópia impressa,
mas que não obteve muita adesão. “O povo de Itabaiana é muito reticente quando
se trata de mexer com interesses dos poderosos”, lamenta Renaly Oliveira,
componente do grupo de ativistas autores da proposta. Um vereador do Município
percebe hoje R$ 4 mil reais para comparecer a quatro sessões mensais, sendo que
o período de recesso chega a mais de cinco meses por ano. Conforme o projeto, o teto para o
subsídio mensal dos Vereadores para as próximas legislaturas ficaria
estabelecido em dois salários mínimos vigentes, nos valores de hoje, somando
R$ 1.760,00. O prefeito teria um teto
para seus subsídios de dez salários mínimos mensais, o que equivale a R$ 8.800.
A
proposta de mudança da Lei Orgânica teria como objetivo, segundos seus
idealizadores, a “moralização da função de ocupantes de cargos públicos que
fazem disso profissão, transformando as eleições em guerras sujas onde o
dinheiro fala mais alto, impedindo que cidadãos realmente interessados em
contribuir com as mudanças para o Município possam ocupar tais cargos”,
justificam os proponentes da petição. Segundo eles, se aprovado, o projeto traria uma economia
substancial aos cofres públicos, recursos que poderiam ser carreados para ações
de interesse da população.
Pré-candidato ao
cargo de vereador na próxima eleição, Fernando Lima disse que está comprometido
com esse projeto e será sua primeira proposição. “Vamos tentar sensibilizar a
população para a importância de diminuir os altos salários de prefeitos e
vereadores, porque política não é profissão e, se quiserem ter o respeito do povo,
devem se tocar que são empregados da comunidade e não patrões”, disse ele,
lamentando que a classe política é a única categoria brasileira que aumenta o próprio
salário.
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