quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Investimento em educação na rede pública despenca em Itabaiana, segundo indicadores do TCE


De acordo com os Indicadores de Desempenho dos Gastos Públicos com Educação na Paraíba (IDGPB), 93,7% dos municípios do Estado estão em situação crítica, de alerta ou de atenção por conta de problemas que vão desde o alto custo com pessoal até taxas crescentes de analfabetismo.
O estudo mostra que dos 223 municípios paraibanos, 209 fazem parte dessa realidade onde a educação pede socorro. Conforme o levantamento, 179 fazem parte do grupo que cidades que está em estado de atenção. Os que compõem o time que está em alerta são 146 e 66 vivem uma situação crítica.
Na região do vale do Paraíba, as despesas em educação na cidade de Itabaiana caíram de R$ 4.800.000 para 3.300.000, de 2007 a 2011. No mesmo período, a taxa de aprovação, indicando qualidade do ensino, teve um leve crescimento de 5%, enquanto diminuíram de 2.700 para 2.300 os alunos matriculados. No quadro de despesa por aluno, o valor de R$ 1.500 reais por aluno permanece.
O Município de Salgado de São Félix foi o que apresentou melhor evolução das despesas em educação na rede pública, passando de R$ 3.200.000 para 5.300.000 em quatro anos. Os índices de aprovação passaram de 76% para 79% e as matriculas tiveram leve aumento, de 1.500 para 1.600 alunos em média. Já as despesas por aluno tiveram acréscimo de R$ 1.400 para R$ 2.000 reais.
Em São José dos Ramos, o destaque fica por conta do índice de aprovação que cresceu de 70% para 77%, mas as matrículas caíram de 1.700 para 1.100 alunos, no período. O valor por aluno também teve importante acréscimo, de R$ 1.600 para R$ 2.800.
Mogeiro aumento suas despesas com educação, de R$ 2.800.000 para 4.800.000, mantendo, no entanto, a taxa de aprovação em 78%. O número de alunos matriculados na rede pública cresceu de 1.600 para 2.600, de 2007 a 2011.
Em Pilar, a evolução das despesas em educação na rede pública municipal saiu de R$ 3.200.000 para 4.000.000, enquanto o índice de aprovação, indicando qualidade do ensino, diminui de 75% para 72%. As matrículas também apresentam ligeira queda, de 1.900 para 1.800 alunos, enquanto o custo por aluno elevou-se de R$ 1.700 para R$ 2.400.
Juripiranga teve alta de um milhão e trezentos mil reais com despesas em educação, elevando ainda o índice de aprovação de 70% para 74%, sendo que as matrículas tiveram ligeiro decréscimo, passando de 1.800 para 1.700 alunos. O custo por aluno saiu de R$ 1.400 para R$ 2.400 no período.
Da estrutura
A estrutura das escolas também não ajuda a elevar os índices. Conforme o IDGPB, 37 cidades apresentam um número crescente de professores temporários. Em outras 30 localidades a precariedade na infraestrutura atrapalha o desenvolvimento educacional e, em 36, o número de professores por aluno também complica a situação. Há escolas que possuem até 22 alunos por professor, em média.

Faltam em muitas, principalmente, laboratórios de ciências, bibliotecas, quadras esportivas, laboratórios de informática, acesso à internet, salas para os professores e até coleta de lixo.

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