O Projeto Eco Produtivo, que contempla agricultores
familiares de assentamentos com ações que contribuem com desenvolvimento rural
sustentável e o fortalecimento socioeconômico da comunidade, terá nesta
quinta-feira (22) a legitimação do polo de Alagamar, em Salgado de São Félix. O
projeto é uma iniciativa do Governo do Estado, por meio da Gestão Unificada
Emepa/Interpa/Emater (GU), vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento
da Agropecuária e Pesca (Sedap), cuja proposta é impulsionar a agricultura
familiar local.
A programação da legitimação do projeto este mês
começou no último dia 14, na comunidade Bartolomeu, onde são beneficiadas 17
famílias. No dia 15, foi a vez do Quilombolas de Pitombeira, no município de
Várzea, com 65 famílias. No Assentamento Oziel Pereira, em Remígio, com 50
famílias, o lançamento foi no dia 20 e, finalizando, acontecerá nesta
quinta-feira, em Alagamar, em Salgado de São Félix, onde atenderá a 350
famílias. Inicialmente, serão atendidas diretamente 482 famílias e
indiretamente, um total de 2.420 pessoas.
Na comunidade de Alagamar, o lançamento do projeto
também é coordenado pelo presidente da GU, Nivaldo Magalhães, contando com a
participação do diretor técnico da Emater, Vlaminck Paiva Saraiva, do coordenador
de operações, Alexandre Alfredo e integrantes da comunidade, de secretários
municipais, de pesquisadores da Emepa, de extensionistas, de representantes de
associações comunitárias rurais e Conselhos Municipais de Desenvolvimentos
Rurais Sustentáveis (CMDRs), e parceiros envolvidos no projeto, como o Procase.
Como aconteceram nas demais comunidades, os
agricultores se reuniram com os técnicos da GU para compartilhar experiências e
traçar suas próprias metas de acordo com suas necessidades. Ao final, os
técnicos perceberam que a comunidade demonstrou interesse em participar
efetivamente do projeto, demonstraram empreendorismo, consciência política,
aptidões para produção de fruticultura, piscicultura, apicultura, avicultura e
criação de pequenos animais, além de diversas produções agrícolas, a exemplo de
batata doce, inhame, feijão, milho e hortaliças.
Na comunidade de Alagamar existe área de recursos
hídricos com o açude da Caipora, considerado o maior da região, que é utilizado
para uso domestico e animal. A água para o consumo humano é captada das chuvas,
armazenada em cisternas individuais e, em período de longas estiagens, com o
uso de carro-pipa. Há também dois riachos não perenes devido à falta de chuvas
e o excessivo desmatamento das matas ciliares, das queimadas. No local, existem
oito poços artesianos, mas todos desativados.
A agricultura implantada na comunidade é a de
subsistência, sendo predominante o cultivo de milho, feijão, macaxeira e
pequenas criações (galinha, peru, caprino) e bovino. A comercialização da
produção agrícola é feita em pequenas escalas, existindo um Centro de
Comercialização com feira aos domingos, cuja estrutura foi adquirida pelo
Projeto Cooperar.
As famílias tiveram participação efetiva na
elaboração do Diagnóstico Rural Participativo, através de desenhos, números,
mapas, fluxograma, matrizes, maquetes e diagramas, finalizando com a construção
do plano de ação de cada comunidade.
O presidente da GU, Nivaldo Magalhães, informou que
o projeto tem por objetivo buscar a sustentabilidade das áreas produtivas em
assentamentos e comunidades quilombolas, colaborando para a melhoria
socioeconômica e ambiental das unidades familiares. O fortalecimento do
agronegócio, a preservação das nascentes, das matas ciliares e formação de agentes
multiplicadores dessas ações foram propostas discutidas.
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