O Trem da Itacoatiara já é uma realidade,
como projeto que pretende impulsionar o turismo cultural na região de Ingá,
segundo garante Walter Mário Goes, o Vavá da Luz, Secretário de Turismo do
Município. Em entrevista exclusiva para o Tribuna do Vale, Vavá afirmou que o
trem fará percurso de Campina Grande a Ingá, com parada na estação de Galante,
todos os domingos. Os passageiros terminarão a viagem nas pedras Itacoatiras,
de Ingá, com direito a apresentações culturais, comidas típicas e visita ao
Museu. A Transnordestina, empresa que detém a concessão dos trilhos da antiga
Rede Ferroviária Federal, já autorizou o uso dos trilhos e demais estruturas,
após reformas.
Utilizando as ideias de Vavá da Luz, a
Secretaria Executiva de Turismo do Estado resolveu assumir o projeto “Trem das
Itacoatiaras”, para dar sustentabilidade ao parque. “É uma iniciativa que prevê um aporte contínuo de turistas e
visitantes às Itacoatiaras, aproveitando a malha ferroviária existente e
obedecendo aos padrões necessários de conservação e promoção de turismo dessa
natureza. Ingá, Campina e toda a região só têm a ganhar”, considerou Lablace
Guedes, da Secretaria Estadual de Turismo. “Agradeço ao Dr. Ivan Burity, que
tem raízes familiares em Ingá, por ter acredita no projeto e lutado pela sua
aprovação e execução”, afirmou Vavá da Luz.
O Secretário Vavá da Luz lamenta que sua
ideia não tenha sido levada em consideração pelos municípios de Mogeiro e
Itabaiana. “Seria uma forma de incentivar a economia da região e divulgar nossa
cultura, pois minha ideia inicial era promover o Trem do Agreste, incluindo
Mogeiro e Itabaiana, mas os prefeitos dessas cidades nem quiseram me receber em
audiência para debater o projeto”, lastima Vavá.
ITACOATIARAS
Vavá da Luz participou de reunião com Ivan
Buriti, Secretário do Turismo do Estado, tendo como deliberações iniciais a
readequação do projeto arquitetônico inicial, proposta pelo Iphan, para um
melhor aproveitamento dos espaços. Outro ponto que ficou decidido é o
lavramento da escritura e a efetiva desapropriação das ocupações irregulares na
área das pedras do Ingá. A medida é fundamental para que se proceda junto à
Sudema a oficialização do espaço final, que atualmente é de 42 hectares. A
Sudema, por sua vez, ficará responsável por constituir a área final em Unidade
de Conservação, a fim de garantir a recuperação de espaços degradados e
proteger a fauna e flora locais. “O projeto requer todo um cuidado de natureza
ambiental e paleontológica, porque as Itacoatiaras estão cercadas de achados
arqueológicos e patrimônio ambiental. O Estado está desapropriando esses 42
hectares para que a Unidade de Conservação permanente seja efetivamente
constituída”, explicou o secretário executivo, Ivan Burity.
Um levantamento topográfico do terreno também
será realizado e o acompanhamento da obra será feito pelo Iphan-PB, em parceria
com a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).
Medidas emergenciais como pintura geral,
reforma dos banheiros já existentes, contemplando acessibilidade, ampliação da
coleta de lixo e perfuração de um poço artesiano também serão tomadas. “É
importante que isso aconteça agora, porque o fluxo não vai parar em face do
novo projeto que será implementado”, avaliou o Secretário de Turismo do Ingá,
Vavá da Luz
As Itacoatiaras de Ingá recebem uma média de
2.500 visitantes por mês. Anualmente, esse número salta para 15 mil pessoas, o
que posiciona o parque arqueológico como o mais visitado do Brasil, à frente de
um dos mais famosos sítios brasileiros, o do Parque Nacional Serra da Capivara,
no Piauí.
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