terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Itabaiana e Mogeiro dão as costas ao trem do turismo, afirma Vavá da Luz

 
Vavá da Luz (de chapéu) em reunião com Ivan Burity e equipe

O Trem da Itacoatiara já é uma realidade, como projeto que pretende impulsionar o turismo cultural na região de Ingá, segundo garante Walter Mário Goes, o Vavá da Luz, Secretário de Turismo do Município. Em entrevista exclusiva para o Tribuna do Vale, Vavá afirmou que o trem fará percurso de Campina Grande a Ingá, com parada na estação de Galante, todos os domingos. Os passageiros terminarão a viagem nas pedras Itacoatiras, de Ingá, com direito a apresentações culturais, comidas típicas e visita ao Museu. A Transnordestina, empresa que detém a concessão dos trilhos da antiga Rede Ferroviária Federal, já autorizou o uso dos trilhos e demais estruturas, após reformas.

Utilizando as ideias de Vavá da Luz, a Secretaria Executiva de Turismo do Estado resolveu assumir o projeto “Trem das Itacoatiaras”, para dar sustentabilidade ao parque. É uma iniciativa que prevê um aporte contínuo de turistas e visitantes às Itacoatiaras, aproveitando a malha ferroviária existente e obedecendo aos padrões necessários de conservação e promoção de turismo dessa natureza. Ingá, Campina e toda a região só têm a ganhar”, considerou Lablace Guedes, da Secretaria Estadual de Turismo. “Agradeço ao Dr. Ivan Burity, que tem raízes familiares em Ingá, por ter acredita no projeto e lutado pela sua aprovação e execução”, afirmou Vavá da Luz. 

O Secretário Vavá da Luz lamenta que sua ideia não tenha sido levada em consideração pelos municípios de Mogeiro e Itabaiana. “Seria uma forma de incentivar a economia da região e divulgar nossa cultura, pois minha ideia inicial era promover o Trem do Agreste, incluindo Mogeiro e Itabaiana, mas os prefeitos dessas cidades nem quiseram me receber em audiência para debater o projeto”, lastima Vavá.  


ITACOATIARAS

Vavá da Luz participou de reunião com Ivan Buriti, Secretário do Turismo do Estado, tendo como deliberações iniciais a readequação do projeto arquitetônico inicial, proposta pelo Iphan, para um melhor aproveitamento dos espaços. Outro ponto que ficou decidido é o lavramento da escritura e a efetiva desapropriação das ocupações irregulares na área das pedras do Ingá. A medida é fundamental para que se proceda junto à Sudema a oficialização do espaço final, que atualmente é de 42 hectares. A Sudema, por sua vez, ficará responsável por constituir a área final em Unidade de Conservação, a fim de garantir a recuperação de espaços degradados e proteger a fauna e flora locais. “O projeto requer todo um cuidado de natureza ambiental e paleontológica, porque as Itacoatiaras estão cercadas de achados arqueológicos e patrimônio ambiental. O Estado está desapropriando esses 42 hectares para que a Unidade de Conservação permanente seja efetivamente constituída”, explicou o secretário executivo, Ivan Burity.

Um levantamento topográfico do terreno também será realizado e o acompanhamento da obra será feito pelo Iphan-PB, em parceria com a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).

Medidas emergenciais como pintura geral, reforma dos banheiros já existentes, contemplando acessibilidade, ampliação da coleta de lixo e perfuração de um poço artesiano também serão tomadas. “É importante que isso aconteça agora, porque o fluxo não vai parar em face do novo projeto que será implementado”, avaliou o Secretário de Turismo do Ingá, Vavá da Luz

As Itacoatiaras de Ingá recebem uma média de 2.500 visitantes por mês. Anualmente, esse número salta para 15 mil pessoas, o que posiciona o parque arqueológico como o mais visitado do Brasil, à frente de um dos mais famosos sítios brasileiros, o do Parque Nacional Serra da Capivara, no Piauí.


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