O gravurista campinense Josafá de Orós (foto) realizará a
exposição “Paraíba Grandes Nomes: A Xilogravura e o Cordel, Apresentando Importantes
Personalidades do Estado” no Ponto de Cultura Cantiga de Ninar, na cidade de
Itabaiana, quando fará a doação dos painéis que homenageiam Sivuca e Zé da Luz,
dois ícones da cultura local.
O “Paraíba Grandes Nomes” apresenta a grandiosidade
de personalidades como João Pedro Teixeira, um dos primeiros mártires dos
conflitos agrários no Nordeste; Félix Araújo, que foi soldado raso nos campos
da Itália, instigava seus pares à vigilância da democracia então ameaçada; o
gênio de Celso Furtado, economista; Manoel Camilo dos Santos, autor do onírico
clássico Viagem a São Saruê; o genial guerreiro da cultura Ariano Suassuna; o
multiinstrumentista Sivuca; Zé da Luz com a projeção de um Brasil matuto;
Antonio Bento, crítico de arte e personagem paraibano na obra Macunaíma de
Mário de Andrade; Melo Leitão o fundador da aracnologia na América do Sul;
Pinto do Monteiro, um dos maiores vates da viola nordestina; Margarida Maria
Alves, expressão de -ponta no reclame pela justiça camponesa; Anayde Beiriz
poetiza que influiu sobre a Revolução de Trinta na Paraíba; e expoentes como
José Lins do Rego, Zé Américo, Pedro Américo, Augusto dos Anjos, Miguel
Guilherme, e mais paraibanos, uns com certa evidência, outros habitando na
penumbra, quando não, no breu do esquecimento que aqui estão lembrados no
cordel e na xilogravura de Josafá de Orós.
A ideia é levar estudantes da rede pública para
visitar a exposição. Para Josafá de Orós, “as nossas escolas precisam conhecer
os seus heróis de carne e osso e, na pretensão de preencher tal lacuna, temos
escrito plaquetes, muitas vezes já em forma de cordel ressaltando alguns traços
desses personagens.”
A exposição está marcada para o dia 19 de setembro,
Dia do Teatro, ocasião em que serão lançados livros do poeta itabaianense
Marcus Alves e do radialista Dalmo Oliveira, além do relançamento do cordel
“Biu Pacatuba”, de Fábio Mozart, com gravura da capa de autoria do próprio
Josafá de Orós, além de performances com artistas locais.
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